24 de novembro de 2024
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Pesquisadora da história judaica no Brasil, Anita Novinsky morre em SP

Pesquisadora da história judaica no Brasil, Anita Novinsky morre em SP

Morreu nesta terça-feira (20) a historiadora e professora do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP) Anita Novinsky. Ela é considerada uma das mais renomadas pesquisadoras da história judaica no Brasil, com obras sobre a inquisição portuguesa no Brasil, os costumes dos cripto-judeus e o renascimento da consciência judaica no Brasil.

A morte foi confirmada pelo professor Daniel Strum, também do Departamento de História da USP, que fez o anúncio nas redes sociais. “É com muito pesar que informamos o falecimento da historiadora e professora Anita Novinsky ז״ל, emérita da FFLCH, na tarde do dia 20 de julho de 2021. A trajetória intelectual e profissional da professora foi marcada pela crítica à intolerância religiosa e pela defesa incondicional da liberdade de expressão. O Departamento de História se solidariza com os familiares, discípulos, amigos e colegas da comunidade universitária brasileira e internacional.

Diversas entidades judaicas lamentaram a morte da professora, que nasceu na Polônia e imigrou com os pais para o Brasil quando tinha apenas 1 ano. A Confederação Israelita do Brasil (CONIB), definiu Anita de “acadêmica respeitada tanto no País como internacionalmente por sua extensa obra sobre a presença judaica no Brasil desde a chegada dos portugueses”.

A professora é autora de importantes obras sobre a presença judaica no país, entre elas “Cristãos-novos na Bahia”, obra em que destaca a dimensão social dos cristãos novos na sociedade baiana do século XVII.

A obra foi citada recentemente em reportagem do Correio, que contou a história de descendentes de Ipirá, que acharam documentos que confirmavam parentesco com um antepassado judeu na Bahia.

Os estudos de Anita sobre a Bahia estimaram que 10% a 20% da população branca de Salvador na metade do século XVII era formada por judeus, que também viveram no Recôncavo, entorno de Feira de Santana e Sul da Bahia, como Ilhéus, Itabuna e Porto Seguro.




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