O brasileiro Thiago Braz conquistou na manhã desta terça-feira (3) a medalha de bronze na final do salto com vara. O pódio em Tóquio vem cinco anos depois que Thiago foi campeão nos Jogos do Rio, quando se tornou conhecido do grande público pela conquista emocionante.
Thiago teve como melhor marca 5,87m, o que lhe garantiu o bronze. O ouro foi do sueco Armand Duplantis, recordista mundial da prova, com 6,02. A prata foi do americano Christopher Nilsen (5,97m).
O recorde olímpico continua sendo de Thiago, com o 6,03m de 2016. O sueco tentou três saltos para 6,19m, em busca de quebrar em 1 cm o recorde mundial, mas não conseguiu passar.
Com a conquista, Thiago se torna o nono da história do salto com vara em Olimpíadas a somar duas medalhas no evento. Além disso, ele se tornou o primeiro brasileiro a ir ao pódio do atletismo em duas Olimpíadas desde 2000, quando André Domingos conseguiu o mesmo – foi bronze na prova por equipes dos 4x100m rasos em Atlanta 1996 e prata em Sydney.
O bronze de Thiago Braz veio na base da superação. Depois do ouro no Rio, quando saltou 6,03 metros e bateu o recorde olímpico, a expectativa era de que a carreira de Thiago continuasse em ascensão, mas não foi isso que aconteceu. O próprio atleta chegou a afirmar que a sua vida virou “um rebuliço”. Até 2018, ele mesmo considerou que foram dois anos perdidos em relação ao seu aproveitamento técnico.
Problemas físicos também o atrapalharam muito nesse ciclo olímpico até o bronze em Tóquio. Com lesões nas costelas e na panturrilha, ele não competiu, por exemplo, no Mundial de 2017 em Londres. Dois anos depois, disputou o Mundial de Doha, no Catar, com dores musculares na panturrilha que o prejudicaram.