Três pessoas foram diagnosticadas com a Doença de Haff em Alagoinhas. A informação foi confirmadada pela prefeitura da cidade no sábado (21), depois de ter recebido a notificação da Vigilância Epidemiológica municipal na última quinta-feira (19).
Segundo a prefeitura, as três pessoas foram contaminadas depois de terem consumido o peixe badejo. Entre os três pacientes, uma mulher já recebeu alta médica. Há um homem em observação na enfermaria do Hospital São Rafael enquanto outro homem está na Unidade de Terapia Intensiva do mesmo hospital. Apesar de estar na UTI, seu quadro de saúde seria estável.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Alagoinhas (Sesau) recomendou que população evite consumir peixes e crustáceos cuja origem, transporte e armazenamento sejam desconhecidos. Em caso de dores musculares e urina da cor de café após o consumo de peixes ou crustáceos, a orientação é procurar imediatamente uma unidade de saúde.
Os peixes citados pela Sesau são tambaqui, badejo, arabaiana, além de crustáceos como lagosta, lagostim, camarão “com estado de conservação duvidoso”.
“Quando o peixe não é acondicionado da maneira mais adequada, ele cria uma toxina sem cheiro e sem sabor que pode provocar a destruição das fibras musculares esqueléticas e liberar elementos no sangue, ocasionando danos no sistema muscular e em outros órgãos como os rins”, informa a prefeitura de Alagoinhas.
Os sintomas costumam aparecer entre 2 e 24 horas depois do consumo. Os mais comuns são extrema rigidez muscular de forma repentina, dores musculares, dor torácica, dificuldade para respirar, dormência, perda de força por todo o corpo e urina cor de café.
No ano passado, ao menos 36 pessoas foram diagnosticadas com a Doença de Haff na Bahia. Cerca de 80% delas afirmaram ter comido o peixe conhecido como ‘olho de boi’.