Em todo o Brasil, em 2022, os alunos do primeiro ano do ensino médio vão encontrar uma escola diferente da que existe atualmente. Na Bahia, essa regra é uma exceção. Ao contrário das outras unidades federativas, o Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA) estabeleceu que só em 2023 e 2024 é que as instituições de ensino públicas e particulares do estado são obrigadas a alterar o currículo referencial para o Ensino Médio.
Matéria publicada no jornal Correio nesta terça-feira (16) informa que a decisão foi tomada porque só em 2022 é que será implementado o Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB) do Ensino Médio. É esse documento que vai servir de referência para as escolas montarem suas matrizes curriculares e submeterem à aprovação do próprio CEE. A DCRB, inclusive, deve ter como base as orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que desde 2018 foi aprovada.
De acordo com o presidente do CEE, Paulo Gabriel Nacif, a alternação no cronograma aconteceu, dentre outros motivos, para ampliar o debate para a construção de um documento que respeite a diversidade e a realidade de cada região. “O Conselho está atento e vem cumprindo com suas atribuições no processo de implementação da BNCC na Bahia, assegurando os princípios educacionais e os direitos de aprendizagem de todos os estudantes do território estadual, em toda a Educação Básica”, reforçou.
A Resolução que altera o cronograma foi aprovada pelos 24 conselheiros estaduais de Educação e homologada pelo secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues.
O jornal destaca que uma das principais mudanças com o novo ensino médio é o aumento da carga horária mínima. Agora não serão mais necessárias 800 horas anuais e sim 1 mil horas, o que vai fazer com que cada dia letivo tenha, no mínimo, cinco horas de aulas. Desse período, 60% do tempo será destinado as áreas do conhecimento (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas), que vão substituir as disciplinas individuais.