A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou em comunicado técnico que a variante Ômicron do coronavírus tem se espalhado com mais facilidade em países com alta incidência da cepa Delta, como o Reino Unido, dado que indica maior capacidade transmissiva da Ômicron. A entidade multilateral ainda afirmou que dados preliminares sugerem que a nova cepa reduz a eficácia das vacinas atualmente disponíveis.
De acordo com a OMS, os dados referentes à vacinação ainda são limitados e não foram revisados por outros grupos de cientistas. Quando às informações sobre a disseminação da Ômicron, ainda é “incerto” se o aumento dos casos da variante se dá por baixa cobertura vacinal, “transmissibilidade intrínseca aumentada”, ou ambos. Mesmo assim, o organismo prevê que os casos da nova cepa devem superar os da delta em locais com transmissão comunitária do vírus.
Já a severidade dos quadros de pacientes que contraíram a Ômicron ainda “não é clara”, segundo a OMS. “Embora as descobertas preliminares da África do Sul sugiram que pode ser menos grave do que a delta, e todos os casos relatados na União Europeia até o momento foram leves ou assintomáticos, ainda não está claro até que ponto a Ômicron pode ser inerentemente menos virulenta”, diz o órgão.
Até 9 de dezembro, a nova variante foi detectada em ao menos 63 países de todas as seis subdivisões geográficas da OMS.