A Basílica Santuário Senhor do Bonfim, na Cidade Baixa, foi beneficiada com um conjunto de restaurações realizadas pela Prefeitura nos painéis de azulejos do corredor lateral do templo, no arco do cruzeiro e na cancela da capela-mor. As intervenções foram entregues pelo prefeito Bruno Reis nesta sexta-feira (11), ao lado do titular da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Fábio Mota, e do padre Edson Menezes, reitor do templo.
A iniciativa valorizou ainda mais a igreja, que é considerada um dos maiores ícones de fé dos baianos. A ação integra os investimentos da Prefeitura na manutenção de espaços que fazem parte do patrimônio histórico, cultural e religioso da cidade.
Na ocasião, o prefeito lembrou as intervenções promovidas anteriormente no templo, e reiterou que governa para todos na cidade, independente da religião, preferência política ou classe social. “Essa é mais uma etapa da recuperação deste equipamento, que é um dos principais pontos turísticos dessa cidade, e que representa todas as formas de manifestação de fé em Salvador. Aqui é o espaço do respeito e do combate à intolerância religiosa, que não permite nenhum tipo de discriminação. Cada um tem o seu caminho para chegar a Deus, e precisamos respeitar isto”.
*Restauração* – O trabalho de restauração na Basílica do Bonfim contou com investimento de quase R$400 mil, com recursos de emenda parlamentar e executados pela administração municipal. Durante os serviços, o templo continuou em funcionamento, não prejudicando as missas e demais atividades religiosas.
Coordenadas pela Secult, as melhorias alcançaram 2,3 mil azulejos portugueses do século XIX, localizados no interior do santuário, e que apresentavam desgastes em função do tempo. Para a execução do projeto, foi feita documentação fotográfica inicial, ampla e detalhada dos elementos que seriam alvos da restauração, assim como mapeamento e marcação dos azulejos para desmonte e montagem das peças.
Os itens a serem recuperados passaram por limpeza e dessalinização, seguindo a colagem das peças fraturadas, fixação do vidrado e a consolidação e prótese das lacunas. Já o arco do cruzeiro e o cancelo da capela-mor receberam limpeza, consolidação estrutural e próteses, assim como envernizamento protetivo.
O secretário Fábio Mota falou da recuperação das peças históricas do templo religioso. “Essa ação é de suma importância para a preservação do patrimônio histórico de Salvador. A Igreja do Bonfim é um dos principais indutores turísticos da cidade do Salvador, um dos pontos mais visitados da capital, e essa recuperação qualifica ainda mais o destino Salvador para baianos e turistas”.
*Demais melhorias* – A Basílica Senhor do Bonfim já passou por outras restaurações. Em 2019, foram recuperados a capela-mor, cobertura, retábulo do altar-mor e do forro e molduras dos óculos do forro, além da escada atrás do nicho, instalações elétricas, portas de acesso às sacristias, tribunas e pilastras.
Além disso, a Prefeitura entregou, naquele mesmo ano, toda a Colina Sagrada requalificada. A intervenção envolveu a colocação de nova pavimentação na Praça do Largo e na Baixa do Bonfim, sendo feita, ainda, a implantação de novo velário e da Casa da Água Benta, com painel de madeira confeccionado pelo artista Bel Borba.
No entorno da basílica, as obras envolveram o redesenho da parte baixa, que ficou integrada aos arcos da Ladeira do Bonfim. Foram implantados paisagismo, nova pavimentação e iluminação em LED, proporcionando ambiente mais seguro e agradável para a população.
O Mercado dos Arcos foi requalificado e o centro da Praça Euzébio de Matos ganhou um pequeno palco para realização de eventos pela comunidade. Nesse local, também foi construído um estacionamento público com baias para ônibus e vagas para vans e motocicletas.
“A Igreja possui um patrimônio muito rico, que precisa ser conservado, e para isso sempre temos contado com o apoio da Prefeitura. Com as melhorias aqui realizadas, pouco a pouco tornamos este santuário um lugar onde as pessoas se sentem bem, pela misericórdia do Senhor do Bonfim”, destacou o padre Edson Menezes.
A professora carioca Regina Azevedo, 70 anos, afirma ter como tradição ir ao Bonfim sempre que está em Salvador e reforçou a importância do templo religioso para o exercício da fé. “Todas as vezes que venho à cidade, subo a Colina, para agradecer. É muito forte o que sentimos nesta igreja. Estar aqui traz paz, também é possível perceber como pessoas de outras religiões são recebidas e respeitadas neste templo. Aqui é a casa de Deus e a gente se sente muito bem acolhido. Ainda não vi um templo com esse nível de respeito”, relatou.
Foto: Betto Jr./Secom-PMS