O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira (15) não querer guerra na região, em fala ao lado lado do chanceler alemão, Olaf Scholz, que citou o “maldito dever” de defender a paz.
“Queremos [uma guerra], ou não? É claro que não. Por isso, apresentamos nossas propostas para um processo de negociação”, afirmou Putin.
“Ações corajosas têm que partir de todos nós. É nosso maldito dever defender a paz”, disse Scholz.
As falas dos líderes ocorrem em meio às tensões na Ucrânia. Scholz visita nesta semana a região como parte dos esforços diplomáticos da Europa para evitar conflitos.
Os países ocidentais ameaçam a Rússia com sanções “sem precedentes” em caso de ataque ao território ucraniano. Os Estados Unidos e outros países da aliança militar Otan enviaram reforços militares para o leste da Europa e afirmam que uma invasão pode ocorrer “a qualquer momento”.
Otan – A questão da possível adesão ucraniana à Otan permanece em aberto.Scholz disse que a entrada da Ucrânia na aliança não estava na agenda para o futuro próximo, aproveitando a oportunidade para fazer uma piada às custas de Putin:
— A ampliação da Otan rumo a Leste não é uma questão que provavelmente encontraremos em nossos Gabinetes enquanto os ocuparmos. Não sei bem quanto tempo o presidente planeja permanecer no cargo. Tenho a sensação de que isso pode levar mais tempo, mas não para sempre — afirmou, em uma alfinetada ao fato de Putin estar na Presidência desde 2012. Antes disso, ele ocupou o Kremlin de 2000 a 2008.
Putin respondeu que a promessa “não é o suficiente” e a possibilidade de uma adesão à Otan “precisa ser resolvida agora”. A Rússia exige um veto à adesão da Ucrânia à Otan desde que o Kremlin apresentou — publicamente, em uma ação diplomática incomum — uma série de demandas de segurança em dezembro do ano passado.
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