Durante entrevista nesta quarta-feira (9), o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, revelou que o clube conseguiu dar passos importantes que vão impactar na vida financeira no médio e longo prazo.
Entre as questões, está o processo que o Bahia tem com o banco Opportunity, antigo dono de ações do Bahia S/A. O banco cobra na Justiça o pagamento de cerca de R$ 100 milhões por conta de um distrato feito em 2006, durante a gestão de Petrônio Barradas. Segundo Bellintani, o Esquadrão está negociando um acordo e pode ter um abatimento de até 70%.
“Estamos muito perto de fechar um acordo, que será analisado pelo Conselho Deliberativo. Vamos mandar em breve. O acordo não vai equacionar, mas talvez com desconto de 60 a 70% do valor da dívida ao longo de sete anos”, explicou.
Além do acordo com o Opportunity, o Bahia está próximo de quitar uma dívida com a BWA, empresa de ingressos que prestou serviços para o clube durante a gestão de Marcelo Guimarães Filho. Por conta dessa ação, o clube tem cerca de 10% da sua receita mensal sequestrada pela Justiça.
“Tenho falado muito pouco sobre isso. O Bahia está no final da sua dívida. Estamos praticamente quitando a dívida da BWA de 2011 de 20 milhões. O Bahia tem uma condenação que 10% da receita é sequestrada para esse pagamento. Já tem 23 milhões, faltam apenas 470 mil”, revelou Bellintani.
Nova oferta pelo Fazendão – Durante a entrevista, Bellintani falou ainda sobre a venda do Fazendão, antigo centro de treinamentos do clube. Em julho do ano passado, o tricolor apresentou oferta de compra do CT por cerca de R$ 22 milhões. Apesar da negociação ter sido aprovada pelos sócios, o acordo não foi concluído já que, segundo Bellintani, o Bahia recebeu uma nova proposta com valores melhores.
“Recebemos uma proposta melhor do Fazendão, hoje temos uma de 26 milhões mais contrato de patrocínio, o que dá 29 milhões, que cruza com a dívida trabalhista. A venda do Fazendão é para pagar a dívida trabalhista. A gente se livra da dívida da BWA, se livra da dívida trabalhista… Construímos esse CT (Cidade Tricolor) sem pegar financiamento bancário e isso permitiu mantermos o Fazendão”, finalizou o presidente tricolor.
Foto: Divulgação/E.C.Bahia