24 de novembro de 2024
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Empresário mais rico da Rússia pede a Putin para “não voltar a 1917”

Empresário mais rico da Rússia pede a Putin para “não voltar a 1917”

O ​​empresário mais rico da Rússia alertou o Kremlin contra o confisco de ativos de empresas que fugiram após a invasão da Ucrânia, dizendo que tal medida atrasaria o país em mais de 100 anos.

Vladimir Potanin, presidente da gigante de metais Norilsk Nickel e seu maior acionista, disse que a Rússia corre o risco de voltar aos dias tumultuados da Revolução de 1917 se fechar as portas para empresas e investidores ocidentais.

Ele aconselhou o governo russo a proceder com extrema cautela em relação à apreensão de bens.

“Em primeiro lugar, nos levaria de volta cem anos, até 1917, e as consequências de tal passo — desconfiança global da Rússia por parte dos investidores — experimentaríamos por muitas décadas”, disse ele em mensagem postada na conta do Telegram da Norilsk Nickel na quinta-feira (9).

“Em segundo lugar, a decisão de muitas empresas de suspender as operações na Rússia é, eu diria, um tanto emocional por natureza e pode ter sido tomada como resultado de uma pressão sem precedentes da opinião pública no exterior. Provavelmente elas irão voltar e, pessoalmente, eu manteria essa oportunidade aberta”, acrescentou.

Potanin é o bilionário mais rico da Rússia e ainda vale cerca de US$ 22,5 bilhões, segundo a Bloomberg, apesar de ter perdido cerca de um quarto de sua fortuna este ano com a queda das ações da Norilsk Nickel.

As ações da empresa perderam mais de 90% nas negociações de Londres antes de serem suspensas este mês, apesar da alta nos preços de suas commodities.

A Norilsk Nickel é a maior produtora mundial de paládio e níquel de alta qualidade, bem como uma importante produtora de platina e cobre.

A empresa e seus produtos primários escaparam das sanções punitivas impostas pelos países ocidentais que atingiram a economia russa.

Dezenas de empresas americanas, europeias e japonesas abandonaram joint ventures, fábricas, lojas, escritórios e outros ativos nas últimas duas semanas em resposta à invasão russa da Ucrânia e às sanções.

Eles se juntaram ao Goldman Sachs e ao JPMorgan na quinta-feira (9), os primeiros grandes bancos ocidentais a anunciar que deixarão a Rússia completamente desde que a crise eclodiu em fevereiro.




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