O secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o da Defesa, Lloyd Austin, viajarão a Kiev neste domingo (24), quando se completam dois meses do início da invasão russa da Ucrânia, anunciou, neste sábado (23), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
“Amanhã, virão nos visitar autoridades americanas: me reunirei com o ministro da Defesa (Lloyd Austin) e com Antony Blinken”, disse Zelensky em uma coletiva de imprensa em uma estação de metrô de Kiev.
Será a primeira visita oficial de membros do governo americano desde 24 de fevereiro.
Zelensky também disse que espera que seu homólogo americano, Joe Biden, vá a Kiev para “apoiar o povo ucraniano”, quando for possível.
O mandatário ucraniano precisou que as conversas de domingo se centrariam nas entregas de armas dos Estados Unidos à Ucrânia.
Durante este sábado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez uma coletiva de imprensa em Kiev onde respondeu algumas perguntas. Quando questionado sobre Mariupol, o atual líder ucraniano disse que se a Rússia matar mais 1 combatente na cidade ou se avançar com o referendo de independência nas regiões do sul parcialmente ocupadas de Kherson e Zaporizhzhia, a Ucrânia suspenderá as negociações de paz com Moscou.
“Se nosso povo for morto em Mariupol, se eles anunciarem um pseudo-referendo nas novas pseudo-repúblicas, a Ucrânia não participará de nenhum processo de negociação”, disse Zelenskiy.
Ele continuou dizendo que avançar com um referendo “não será útil para a solução diplomática desta situação”.
“Isso interferirá no fim da guerra de maneira diplomática”, concluiu Zelensky.
Reino Unido – O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, conversou com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky neste sábado para confirmar que o Reino Unido fornecerá novos armamentos para apoiar a defesa da Ucrânia contra a invasão da Rússia.
“O premiê confirmou que o Reino Unido está fornecendo mais ajuda militar defensiva, incluindo veículos de mobilidade protegidos, drones e armas antitanque”, disse uma leitura da ligação publicada pelo gabinete de Johnson.
O principal órgão de investigação da Rússia analisa uma reportagem da mídia russa alegando que especialistas em sabotagem britânicos do Serviço Aéreo Especial (SAS, na sigla em inglês) foram enviados para a Ucrânia.
O Serviço Aéreo Especial é uma força militar de elite que atua com operações especiais, de vigilância e de contra-terrorismo. De acordo com a agência de notícias russa RIA Novosti, uma fonte russa do setor de segurança teria dito que cerca de 20 membros do SAS estariam em Lviv.
O governo britânico não respondeu imediatamente a pedidos de comentário sobre a investigação russa.
O Reino Unido mandou militares à Ucrânia no início deste ano para orientar no uso de armas antitanque, mas o governo britânico disse que havia tirado todas as tropas antes da guerra, exceto as que protegem seu embaixador.
Fonte: Agências Internacionais