O Museu Vivo na Cidade, organização que une ações culturais e educativas à preservação da memória brasileira, vai celebrar os seus 15 anos homenageando o Bicentenário da Independência do Brasil, realizando o projeto “200 Anos: Brasil Independente e Memória Cultural para Todos Sempre” que engloba três ações: o espetáculo “A Coroação do Imperador D. Pedro I”, o desfile “7 de setembro: D. Pedro I na Multidão Patriota” e um baile intitulado “Onde a Cultura Impera”.
O espetáculo “A Coroação do Imperador D. Pedro I” será encenado no dia 3 de setembro, sábado, às 16h, na Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, com entrada gratuita. A Banda de Música do Comando do 2° Distrito Naval, soba a regência do maestro suboficial fuzileiro naval Sidnei Marques de Oliveira, executará os Hinos da Independência e Nacional.A partir da pintura óleo sobre tela, intitulada “A Coroação de D. Pedro I”, de autoria do francês Jean Baptiste Debret, o espetáculo, que tem o mesmo nome da obra de arte, foi produzido.
A encenação apresenta o imperador, Dom Pedro I, ao proclamar a Independência do Brasil e assim dar início à escrita de uma nova fase da nação brasileira. Inúmeras narrativas foram e ainda são suscitadas diante deste fato “libertador”. O Museu Vivo na Cidade apresenta parte destes acontecimentos, transmitindo ao grande público fatos e conjunturas que fazem parte da construção da memória de um Brasil plural, evidenciando a participação dos brancos, negros, indígenas e mestiço neste processo.
O Ato da coroação e seus rituais na igreja, além da cerimônia do beija mão, onde parte do público faz parte da encenação, desta vez contará com a inovação nas falas do imperador, valorizando a arquitetura, os estilos artísticos presentes na edificação e quem são os responsáveis pela construção desta riqueza cultural. A produção é composta 24 pessoas distribuídas entre atores principais, elenco de apoio e figurantes devidamente caracterizados com figurino de época e maquiados, tendo acompanhamento da equipe de sonorização, produtores e assistentes de produção. A trilha musical tem destaque na execução da “Missa Brevis” de Mozart e Te Deum de Hummel.
7 de setembro: D. Pedro I na Multidão Patriota
No desfile no dia 7 de setembro o Museu Vivo na Cidade vai realizar sua segunda ação comemorativa aos 200 anos da Independência do Brasil. D. Pedro I e sua corte eclética composta pela nobreza, negros, índios, mestiços e trabalhadores da cultura, que fazem um “Cortejo da Liberdade para Igualdade”, integrarão o desfile cívico oficial com 15 personagens, que desfilarão do Corredor da Vitória à Praça Castro Alves.
O baile “Onde a Cultura Impera”
No dia 20 de setembro, das 15h às 18h, no Museu Eugênio Teixeira leal, na Rua do Açouguinho, 1, Pelourinho, será realizado o será o baile “Onde a Cultura Impera”, que contará com personagens com figurinos de época, intervenções artísticas e breve apresentação do case Empreendedorismo Cultural: Museu Vivo na Cidade e DM Produções. Ambas organizações são dirigidas por empreendedores culturais que se conheceram no primeiro semestre da Faculdade de Museologia na Universidade Federal da Bahia e ampliaram suas ações culturais, incrementando em seus portfólios a produção cultural, eventos, as artes cênicas, capacitações, palestras, workshop dentre outros. Confira a programação:
15h – Recepção e condução do público para a exposição dos figurinos de época utilizados no espetáculo “A Coroação de D. Pedro I”;
15h40 – Apresentação no auditório do case Empreendedorismo Cultural: Museu Vivo na Cidade e DM Produções, com abertura para a plateia fazer perguntas;
16h30 – O público é conduzido para o espaço expositivo, onde acontecerão as intervenções artísticas, como a valsa dos personagens, o imperador D. Pedro I e a imperatriz Leopoldina, em seguida, o brinde coletivo e agradecimentos ao público;
18 – Encerramento do evento.
O Museu Vivo na Cidade é uma organização que une ações culturais e educativas à preservação da memória brasileira, foi idealizado pelo museólogo e ator, Anderson de Araújo Moreira e fundado em 2007. Em 15 anos de atuação, as suas atividades evidenciam a memória, entendida como elemento fundamental na formação da identidade cultural individual e coletiva, na instituição de tradições e no registro de experiências significativas.
Preservar a memória de uma sociedade não significa atrelá-la ao passado e impedir o seu desenvolvimento, mas sim conservar seus pilares constituintes a fim de não perder conhecimentos e identidades. A realização do mencionado projeto é Museu Vivo na Cidade em parceria com a DM Produções.
Foto: Paulo Lima/Divulgação