Os chilenos votam neste domingo (4) em um plebiscito para decidir se adotam uma nova Constituição no país. A Carta atual foi promulgada em 1980, e é a base para políticas econômicas tidas como liberais. Ela estabelece que o Estado deve “contribuir para criar as condições sociais” para a realização das pessoas, mas não pode participar de qualquer atividade empresarial.
Já a proposta atual descreve o Chile como um “Estado social e democrático de direito”, que deve prover bens e serviços para assegurar os direitos das pessoas.
O processo para que se chegasse ao plebiscito começou em 2019, quando o país passou por uma onda de manifestações. Os atos políticos nas ruas do país se intensificaram depois que a polícia reprimiu os protestos (no final, 34 pessoas morreram). Naquela ocasião, como uma resposta aos protestos, o governo decidiu fazer uma votação a respeito de uma nova Assembleia Constituinte. Os chilenos decidiram que sim, deveria ser formulado um novo texto.