O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), conduz a sua última sessão como presidente da corte nesta quinta-feira (8). Na segunda-feira (12), ele passa o cargo para a ministra Rosa Weber, que ficará dois anos à frente do Poder Judiciário.
Fux deixa o cargo em meio à campanha eleitoral deste ano e após dois anos marcados por frequentes crises com o Poder Executivo, que colocaram o tribunal como protagonista no cenário político. Ao longo da gestão, ele evitou pautar assuntos polêmicos, como legalização de drogas e o marco temporal das terras indígenas, que teve o julgamento suspenso e não retornou aos temas agendados para análise do plenário.
Fux, em seus últimos discursos, tem destacado o avanço do uso de tecnologia no Supremo, como a criação do plenário virtual, em que os magistrados podem votar em diversas ações sem a necessidade de sessões físicas, que demandam maior custo, organização e tempo.
O Supremo também passou a ampliar o uso de inteligência artificial, utilizada nos sorteios dos relatores das ações e processos que são levados à corte. Internamente, o magistrado é criticado por não ter posições firmes em defesa do Supremo diante de ataques realizados pelas redes sociais, sites e durante protestos.
Essa posição foi assumida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator de inquéritos que investigam fake news, ataques ao Supremo e atos antidemocráticos.
A posse está marcada para as 17 horas, deve ser presencial e reunir convidados, familiares da magistrada e autoridades. A expectativa é que representantes dos três poderes compareçam.
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