23 de novembro de 2024
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Guerra na Ucrânia completa 200 dias; Zelensky agradece defesa do país

Guerra na Ucrânia completa 200 dias; Zelensky agradece defesa do país

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu nesse domingo à população pela defesa do país, no momento em que a invasão russa completa 200 dias, ainda sem perspectivas de solução negociada.

“Nesses 200 dias conseguimos muito, mas o mais importante, o mais complicado, está para chegar”, afirmou o líder ucraniano em sua mensagem diária ao país.

Zelensky elogiou a ação do Exército ucraniano, dos “combatentes que heroicamente contiveram o inimigo” e dedicou o discurso “a todos os que estiveram valentemente de pé durante 200 dias, sendo o motivo exato para que a Ucrânia esteja de pé”.

“Acreditamos em vós, aos que estão a fazer o seu trabalho, a arriscar a sua vida, defendendo o seu país durante todos esses 200 dias, a – 15 graus centígrados, a + 35 graus centígrados, às 2h ou às 6h, em qualquer segunda-feira ou no Dia da Independência, apesar do cansaço, da tensão e do perigo”, afirmou.

O presidente agradeceu individualmente às tropas terrestres pela seu “valente e desinteressado trabalho”, um trabalho “duro”, à Força Aérea, por “repelir com êxito o inimigo” na região de Donetsk, e às forças navais ao recordar os seus “êxitos”.

Zelensky expressou ainda sua satisfação às tropas, que “escrevem a história da independência, a história da vitória, a história da Ucrânia”.

A Ucrânia reivindicou um dos seus principais êxitos desde o início da guerra, quando no sábado (10) o Ministério da Defesa anunciou que as tropas registravam importantes avanços na região de Kharkiv.

Destruição de 2 mil tanques

Volodymyr Zelensky informou que a Ucrânia destruiu mais de 2 mil tanques, 4.500 veículos de combate blindados, 250 aviões e 200 helicópteros russos desde o início da guerra.

No discurso diário, quando completados 200 dias do conflito, o líder ucraniano disse que as Forças Armadas também destruíram mais de mil sistemas de artilharia, mil drones, 15 navios e barcos e “milhares de outras peças de equipamento inimigo”, cita a agência de notícia espanhola Efe.

Zelensky anunciou ainda que o seu Exército retomou a estratégica cidade ucraniana oriental de Izum das forças russas, onde Kiev lideram uma contra-ofensiva que quebrou as linhas russas.

O presidente agradeceu aos militares ucranianos por libertarem centenas de cidades e aldeias, “as mais recentes das quais são Balaklyaya, Izym e Kupiansk”, acrescenta a agência AFP.

“Hoje todos veem e tomam nota” das ações do Exército ucraniano “no norte, sul e leste da Ucrânia”, disse Zelensky, para quem “o mundo está chocado” e “o inimigo está em pânico”.

Os defensores da Ucrânia, “todos aqueles que têm estado de pé corajosamente durante 200 dias”, são a razão pela qual a Ucrânia está “de pé”, disse.

A ofensiva militar, lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia, já causou a fuga de quase 13 milhões de pessoas – mais de 6 milhões de deslocados internos e quase 7 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela comunidade internacional, que tem respondido com o envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU confirmou 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, acrescentando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos ao fim do conflito.

Com informações da Agência Brasil e agências internacionais.




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