O ex-prefeito de Salvador e secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, criticou na noite desta sexta-feira (14) a postura do governador Jerônimo Rodrigues (PT) diante da nova crise de insegurança vivida pela Bahia nos últimos dias, com casos de violência que geraram grande repercussão. Ele disse esperar que o petista assuma a sua responsabilidade no combate à criminalidade para proteger os baianos.
Em publicação nas redes sociais, Neto elencou os graves problemas ocorridos nesta semana, como bairros de Salvador dominados por tiroteios, assaltos, assassinatos e ameaças em escolas. No post, o ex-prefeito da capital leu comentários feitos por usuários das redes, que criticaram, entre outros pontos, a viagem de Jerônimo à China em meio ao caos na segurança da Bahia.
“O problema principal não é o governador estar numa missão na China. O principal problema é a postura do governador e do seu governo no enfrentamento à violência e no trato com as questões relacionadas à segurança pública. Estamos no 17º ano deste mesmo grupo que comanda a Bahia. E o que que a gente viu? A violência só fez crescer, o número de homicídios só fez crescer e eles, infelizmente, colocaram o Bahia nessa posição aceitável de primeiro lugar no Brasil em número de assassinatos”, afirmou.
Para ele, é preciso que o governador assuma a sua responsabilidade e encare o problema com energia e como prioridade. “Que ele se envolva diretamente nas soluções. Mais de 100 dias já se passaram e, até agora, não vimos nada. Governador, está na hora de começar a trabalhar e entender que os baianos estão morrendo vítimas da violência em nosso estado”, enfatizou.
Também respondendo a comentários, ACM Neto ainda frisou que a Bahia já superou, há muito tempo, os números de violência do Rio de Janeiro e que o estado tem taxa de homicídios superior à da guerra da Ucrânia. “Durante quatro anos consecutivos, a Bahia registra um número de homicídios maior do que o do Rio de Janeiro. A taxa de homicídios da Bahia é maior do que na guerra da Rússia com a Ucrânia. Isso dá uma dimensão de quantas pessoas estão perdendo as suas vidas em nosso estado”, salientou.
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