A Prefeitura de Salvador lançou nesta terça-feira (23) a plataforma Seja Circular, que servirá de apoio teórico e prático para que instituições públicas e privadas pratiquem a economia circular, ou seja, de reaproveitamento de produtos e materiais, nos próprios ambientes de trabalho. A apresentação da ferramenta contou com as presenças do prefeito Bruno Reis e do subsecretário de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis), Ivan Euler, durante evento no Hub Salvador, no Comércio.
“Hoje lançamos mais uma iniciativa que tem tudo para ser um sucesso. Nos últimos anos, Salvador passou a ser vista como uma cidade mais sustentável, resiliente e que põe a preservação do meio ambiente como prioridade. A plataforma ‘Seja Circular’ vai estimular a economia circular na cidade que, aliada a ações como os ecopontos e a Casa So+ma, nos permitirá entender o que é essa ação e de que forma poderemos fazer com que mais produtos sejam reaproveitados, garantindo ainda mais desenvolvimento sustentável para Salvador. É com o esforço de todos que conseguiremos vencer os desafios que estão colocados no presente, visando sempre o futuro”.
A plataforma está disponível no link https://sustentabilidade.salvador.ba.gov.br/projeto-cidade-circular e conta com conteúdos diversificados, como entrevistas, estudos, vídeos, cases de sucesso e similares. No site, os usuários têm a oportunidade de enviar cases da própria empresa ou eventos circulares que realizarem (como bazares ou palestras) e ter os próprios conteúdos divulgados.
O subsecretário da Secis destaca a importância da ação para a economia soteropolitana. “Hoje fizemos essa entrega do Programa Cidade Circular, que envolve outras ações e diversas atividades nesta área, a exemplo do que acontece na Casa So+ma e as ações de coleta seletiva. Também temos ações logística reserva, como a coleta de vidro, cujos materiais coletados retornam como novas garrafas, em vez de irem parar nos aterros sanitários, retornando como matéria-prima, gerando novos produtos”, explica.
Estratégia – A iniciativa integra o projeto municipal “Cidade Circular”, que está inserido no planejamento estratégico da capital baiana e que prevê a criação de incentivos e de marcos regulatórios que permitam que as soluções de economia circular se tornem norma em todos os setores econômicos da cidade, gerando novas oportunidades de negócios e emprego. Uma das medidas já adotadas pela Prefeitura através do projeto é a parceria com a Casa So+ma na implementação de espaços de entrega voluntária de resíduos recicláveis em diversos bairros de Salvador.
Outras ações a serem efetuadas envolvem a elaboração de um projeto de lei que determina que as compras públicas tenham critérios da economia circular; elaboração de um guia para a transição de status e empresas para uma produção circular; e lançamento de um curso para orientar 50 empresas a transacionarem suas economias de lineares para circulares.
O diretor de Resiliência da Secis, Uelber Reis, afirma que atualmente é preciso pensar de forma global, de forma a solucionar os problemas causados pela cadeia de descarte de materiais. “Por isso pensamos em soluções, unindo as cidades em convênios e ações para minimizar esses impactos. É algo realmente importante para a sociedade, ainda no início, mas um recado claro de que a Prefeitura de Salvador entendeu o aviso da natureza e está disposta a mudar. Isso vai impactar tanto no cidadão como nas compras públicas, quando as secretarias passarão a usar correios circulares nas suas ações e, consequentemente, nas compras públicas, diminuindo o consumo de plástico, por exemplo, o que já é uma grande contribuição”, diz.
Benefícios – A economia linear gera graves impactos ambientais, como degradação ambiental, risco de esgotamento de recursos e possibilidade de contaminação dos bens oriundos da natureza. Neste cenário, o conceito de economia circular traz benefícios como o reaproveitamento dos produtos e a utilização de recursos renováveis, contribuindo, portanto, para a preservação da natureza. Além disso, a economia circular é importante para as próprias empresas, visto que, com menos recursos naturais disponíveis, os custos para obtenção de matéria-prima se elevam.
Foto: Betto Jr./Secom-PMS