Prestes a completar sete anos do desabamento do antigo Centro de Convenções da Bahia, o vereador de Salvador e ex-secretário de Cultura e Turismo da capital, Claudio Tinoco (União Brasil), destacou a urgência de respostas sobre a destinação do equipamento. Além do dano ao erário público, o desabamento do centro provocou um prejuízo bilionário ao turismo de negócios de Salvador e da Bahia.
Durante seu discurso no plenário da Câmara, na tarde desta quarta-feira (20), Tinoco relembrou os esforços em prol da recuperação do centro, com “abraços simbólicos”, realizados frequentemente. O primeiro deles, em junho de 2015, contribuiu para pressionar o Governo do Estado a iniciar a reforma. Para Tinoco, é necessária uma ação imediata do governo para a demolição do equipamento.
“Hoje o Centro de Convenções é palco de inúmeras invasões e depredações, tornando-se um local de esconderijo para criminosos. Precisamos preservar esse patrimônio público ou dar a destinação necessária. Em março de 2023, o ex-vereador José Trindade, presidente da Conder, afirmou em uma entrevista que já estava pronto o plano de demolição do equipamento, que estaria na mesa do governador para encaminhamento após sua viagem à China. Já são seis meses dessa afirmação e nada ainda”, afirmou o vereador.
O vereador lembrou que a Câmara Municipal aprovou uma emenda de sua autoria ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Salvador que estabeleceu a Zona de Uso Especial (ZUE) Centro de Convenções naquela área. Com a aprovação, o governo do estado deve discutir com o município de Salvador, com a Câmara Municipal e com a população a nova destinação do imóvel.
Tinoco convocou todos os vereadores e a população local para se unirem em um “novo abraçaço” ao local no próximo sábado (23), às 9 horas, em conjunto com os moradores da Boca do Rio, Costa Azul, Stiep e Jardim Armação. O objetivo é pedir ao governador Jerônimo Rodrigues que tome medidas urgentes para demolir, limpar a área e discutir uma nova destinação.
Foto: Valdemiro Lopes/CMS