O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, deputado Adolfo Menezes, apresentou Moção de Pesar pelo passamento, hoje (7.01), no Hospital Roberto Santos, em Salvador, do músico baiano Carlos Pitta, baiano de Feira de Santana, no Portal do Sertão, nascido em 3 de março de 1955. Estreou profissionalmente em 1979 com o álbum “Águas do São Francisco – Lendas”, pela gravadora Chantecler.
Ao longo da sua carreira foram mais de 16 álbuns lançados, dividindo o palco em 40 anos de estrada com Gilberto Gil, Dominguinhos, Daniela Mercury, Caetano Veloso, Elba Ramalho, Margareth Menezes, Geraldo Azevedo, Belchior, Fagner, Edil Pacheco, Armandinho e o Trio Dodô & Osmar, entre outros e outras artistas. Em depoimento registrado em 2023, Ivete Sangalo diz que Pitta foi quem lhe emprestou seu próprio instrumento para que ela pudesse avançar na carreira e iniciar apresentações em barzinhos.
“Meu abraço solidário às ex-companheiras Kátia e Morgana, aos filhos Clara, Ian e Nayana, ao neto Pedro, e a todos amigos, fãs e conterrâneos de Pitta, que muito embalou meus anos de juventude com o seu hit ‘Cometa Mambembe’, parceria com Edmundo Carôso e regravada por diversos artistas da MPB. Que Deus lhe dê o descanso eterno, porque a sua obra musical, como produtor, pesquisador, cantor e compositor já está eternizada”, declarou o chefe do Legislativo estadual.
A Cerimônia do Adeus a Carlos Pitta será realizada às 10h de amanhã, no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador.
PESQUISADOR
Estudante de Composição e Regência, pela Universidade Federal da Bahia, onde ingressou em 1975, Pitta foi também um grande pesquisador musical. Assinou as trilhas sonoras dos filmes “Boi Aruá”, de Chico Liberato; e “Ciganos do Nordeste”, com direção de Olney São Paulo. Em parceria com Dercio Marques, fez a direção artística de um disco fundamental para a história da MPB: “Na Quadrada das Águas Perdidas”, de Elomar, gravado em 1979.
Em 1986, em parceira com a poeta Myriam Fraga e o pintor Calasans Neto, lançou o disco “A Lenda do Pássaro que Roubou o Fogo”, com arranjos do maestro Lindemberg Cardoso e apresentação do escritor Jorge Amado. Em 1992, regravou, no álbum “Sete Luas”, a canção “Adeus, Mariana”, clássico do sanfoneiro gaúcho Pedro Raimundo. Em 1996, pelo selo Continental/Warner, lançou “Dançando Forró”, com músicas próprias e clássicos de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Capitaneou o “Forró para o Mundo”, participando de grandes festivais mundiais de jazz, a exemplo de Montreaux, na Suiça, e Tübingen, na Alemanha.
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