10 de maio de 2025
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Câmara de Salvador reafirma devoção ao padroeiro São Francisco Xavier

Câmara de Salvador reafirma devoção ao padroeiro São Francisco Xavier

Os 339 anos de consagração da cidade de Salvador a São Francisco Xavier foram celebrados na manhã deste sábado (10). Presidida pelo bispo auxiliar Dom Marco Eugênio, a missa aconteceu na Catedral Basílica do Santíssimo Salvador. O primeiro vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Maurício Trindade (PP), representou o presidente Carlos Muniz (PSDB) na celebração, que acontece anualmente no dia 10 de maio.

Em nome do presidente Carlos Muniz, o vereador Maurício Trindade fez a leitura da renovação dos votos de devoção ao santo padroeiro e dos compromissos dos vereadores com os soteropolitanos: “Me dirijo aos soteropolitanos para, nesta data especial, que festeja o dia de São Francisco Xavier, padroeiro de Salvador, renovarmos os nossos votos de devoção a esse santo padroeiro. Do mesmo modo, reafirmamos o nosso compromisso de representar os anseios e demandas do nosso povo, sempre motivados a defender e promover o bem comum, alicerçados nos princípios da justiça e da fraternidade entre os povos”, proferiu.

A vereadora Marta Rodrigues (PT) também participou da celebração, ao lado do vereador licenciado Alberto Braga (União), dos ex-vereadores Marcelo Maia (DC) e José Carlos Fernandes (PSDB), e do jornalista, escritor e agitador cultural Clarindo Silva, presença marcante todos os anos.

“São Francisco Xavier tem um papel importante na nossa cidade e na nossa Casa legislativa. É nosso santo padroeiro. É importante a gente valorizar esse movimento porque tem muita gente vindo para Salvador e é preciso fortalecer o turismo religioso. Isso cria outras oportunidades, aquece a economia, o empreendedorismo”, disse Marta, defendendo o incentivo à economia solidária e ao turismo religioso para a geração de renda de inúmeras famílias que vivem na cidade. “Que São Francisco Xavier nos proteja, nos abençoe, nos dê muita saúde e que continue cuidando da gente”, pediu.

Devoção viva

Durante a homilia, Dom Marco Eugênio destacou a importância de manter viva essa devoção ao padroeiro da capital baiana: “A festa de hoje é para louvar e agradecer a intercessão de São Francisco Xavier que libertou Salvador da peste”.

O bispo falou de fé, amor, sacrifício e mistério e reafirmou que a missão da Igreja é restaurar a dignidade humana, restaurar a vida: “Fisicamente morremos, mas continuamos vivos no coração do Pai”. Dom Marco Eugênio disse ainda que é preciso “sermos instrumentos de Deus, estarmos a serviço dele para construirmos a dignidade humana e o projeto maior da salvação”. Para o bispo, o exemplo que devemos seguir do padroeiro de nossa cidade é “sermos intercessores uns dos outros”.

Após a celebração, o busto-relicário de São Francisco Xavier saiu em procissão pelo Terreiro de Jesus e retornou à Catedral Basílica. Vereadores e fiéis ajudaram a carregar o andor e participaram da procissão. E, como acontece todos os anos, renovaram a fé diante da imagem, recordando a intercessão do santo por Salvador.

Este ano, o cardeal Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, não presidiu a solenidade, pois está no Vaticano, onde participou do conclave que, na tarde de quinta-feira (8), escolheu o novo papa, o norte-americano Robert Francis Prevost, agora Papa Leão XIV.

Padroeiro

Salvador está entre as raras cidades no mundo cuja Câmara Municipal teve papel decisivo na escolha do padroeiro, chegando a encaminhar o pedido diretamente ao Vaticano.

São Francisco Xavier foi proclamado padroeiro da cidade após uma mobilização popular solicitar que as autoridades locais enviassem a petição ao papa.

Na época, a cidade havia superado duas epidemias e os fiéis atribuíram as graças recebidas à intercessão do santo. A solicitação foi atendida em 10 de maio de 1686, por meio de uma bula papal que oficializou o santo como protetor de Salvador e também do Legislativo Municipal.

Trajetória – Nascido em 1506, no Reino de Navarra (atualmente parte da Espanha), Francisco Xavier veio de uma família nobre e estudou na renomada Universidade de Paris. Era fluente em várias línguas e profundo conhecedor de filosofia, latim e humanidades. Sua trajetória religiosa começou no Seminário de Veneza, culminando em sua ordenação sacerdotal em 1536.

Movido por uma fé inabalável, dedicou sua vida à evangelização no Oriente, atuando principalmente na Índia, Japão e em outras regiões da Ásia. Considerado um dos maiores missionários da história da Igreja, faleceu aos 46 anos, em 1552, no dia 3 de dezembro (data da festa litúrgica). Foi beatificado em 1605 e canonizado em 1622 pelo Papa Gregório XV.

Foto: Reginaldo Ipê/CMS




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