26 de junho de 2025
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Cacauicultura 4.0: Oeste Baiano sedia maior evento da cacauicultura brasileira

Cacauicultura 4.0: Oeste Baiano sedia maior evento da cacauicultura brasileira

A cacauicultura brasileira tem um encontro marcado com o futuro. Entre os dias 10 e 12 de julho de 2025, os municípios de Barreiras e Riachão das Neves, no oeste da Bahia, sediarão a próxima edição do Cacauicultura 4.0, maior evento técnico e institucional do setor no Brasil. Realizado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), o encontro deve reunir produtores, pesquisadores, técnicos, investidores e especialistas de todo o país e também do exterior, para discutir os caminhos da cacauicultura moderna, com ênfase em tecnologia, inovação e sustentabilidade.

A programação será dividida entre recepção de autoridades, ciclo de palestras técnicas e dia de campo. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo link https://cacau.wiesoo.com/.

O cacau do Cerrado baiano: inovação, produtividade e protagonismo

Com pouco mais de sete anos de introdução no oeste da Bahia, a cultura do cacau se consolidou como uma das grandes apostas do agro nacional. A região — tradicional produtora de soja, milho e algodão — passou a investir na diversificação da matriz produtiva com o apoio de tecnologias de irrigação, mecanização, rastreabilidade e manejo sustentável. O resultado é promissor: áreas com altas produtividades, que já alcançam entre 150 e 200 arrobas por hectare, e um modelo de produção voltado para qualidade e inovação.

“O cacau está nos mostrando o enorme potencial do oeste baiano para além dos grãos. Estamos construindo uma nova fronteira agrícola, com ganhos expressivos de produtividade e qualidade. E o melhor: com sustentabilidade, agregação de valor e visão de futuro”, afirma Moisés Schmidt, presidente da Aiba e um dos idealizadores do evento.

Segundo Schmidt, a Cacauicultura 4.0 é mais do que um encontro técnico — é um movimento que conecta produtores a um novo momento do setor. “Vivemos uma revolução silenciosa, com tecnologias que vão desde o sensoriamento remoto até o desenvolvimento local de mudas de alta qualidade. Esse evento é a oportunidade de compartilhar experiências, aprender e projetar o futuro da nossa cacauicultura.”

A edição de 2025 deve contar com a presença de pesquisadores da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a agência de pesquisa de cacau do Brasil, Embrapa, Ministério da Agricultura, empresas de genética, representantes da indústria do chocolate e instituições de fomento nacionais e internacionais.

Um novo polo de produção em ascensão

A cacauicultura no Cerrado baiano começou em pequena escala, com áreas experimentais em perímetros irrigados como o de Riacho Grande. A performance inicial surpreendeu os técnicos da Ceplac, que constataram o vigor das plantas mesmo em condições adversas. A partir disso, os investimentos em pesquisa, produção de mudas locais e tecnologia de manejo aceleraram a expansão.

Hoje, além da produtividade elevada, a região oferece vantagens como logística favorável, clima seco com irrigação controlada, e ausência de algumas doenças comuns nas regiões tradicionais, como no sul da Bahia e no Pará. O modelo local também aposta na mecanização do plantio (com sulcos em vez de covas) e em parcerias com viveiros tecnológicos, que devem garantir, nos próximos anos, milhões de mudas com padrão genético superior.

O futuro da cacauicultura brasileira passa pelo Cerrado

Com a crescente demanda global por chocolate e produtos derivados do cacau, o Brasil tem a oportunidade de se firmar como um player estratégico na produção sustentável e de qualidade. A Bahia já lidera a produção nacional, e o oeste do estado avança com força como um novo pólo de referência, aliando tradição, inovação e compromisso com a sustentabilidade.

A Cacauicultura 4.0, em sua quinta edição, reforça esse posicionamento e convida o setor a participar ativamente da construção de uma cadeia mais eficiente, resiliente e próspera.

Programação do evento:

• 10 de julho (quarta-feira): Abertura oficial e recepção de autoridades, em Barreiras (BA);

• 11 de julho (quinta-feira): Ciclo de palestras técnicas no Parque Natural Engenheiro Geraldo Rocha, em Barreiras (BA), com temas como melhoramento genético, bioinsumos, irrigação, rastreabilidade e mercado global;

• 12 de julho (sexta-feira): Dia de campo na Fazenda Santa Helena, em Riachão das Neves (BA), com visita a lavouras irrigadas, demonstrações tecnológicas e troca de experiências com especialistas.

Apoio: Prefeitura de Barreiras, Prefeitura de Riachão das Neves, Rain Bird, BioBrasil Produção de Mudas, Netafim, Casa da Lavoura, Centro de Inovação do Cacau (CIC), TRF e Associação Nacional das Indústrias Processadores de Cacau (AIPC).

Foto: Divulgação




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