A Prefeitura de Correntina anunciou que dará início, até o final deste mês, às obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e da rede coletora do setor central. O projeto que promete resolver um dos maiores problemas estruturais do município: o despejo de esgoto sem tratamento no Rio Correntina, que dá nome à cidade. O empreendimento será financiado com recursos garantidos por meio da ONG Peixe Vivo e do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
Nesta primeira fase, a intervenção contemplará mais de 1.800 imóveis, abrangendo o setor central da cidade e áreas estratégicas como o Ranchão, a Praça do Bazu e a região das Sete Ilhas, pontos turísticos e de convivência que sofrem há anos com os impactos da falta de saneamento.
Para o prefeito Mariano Correntina, a obra é um marco para o futuro do município. “Hoje é um dia histórico para Correntina. Estamos dando o primeiro passo para resolver um dos maiores problemas do nosso município: o esgotamento sanitário. Conseguimos destravar esse recurso, realizamos um novo processo de licitação e agora vamos iniciar uma obra que vai devolver dignidade à nossa gente e preservar nosso maior patrimônio: o Rio Correntina. É saúde, é bem-estar e é futuro para nossa cidade”, afirmou.
O projeto, originalmente licitado em 2024, acabou sendo paralisado por decisão judicial, o que comprometeu o andamento da iniciativa e colocou em risco a permanência dos recursos. Ao assumir a Prefeitura, no início de 2025, Mariano Correntina determinou que a equipe técnica desse prioridade máxima à obra, que é um compromisso dele firmado durante a campanha do ano passado.
“Quando chegamos, identificamos que o recurso estava sob risco e que a licitação anterior havia sido anulada. Refizemos todo o planejamento, cumprimos as exigências legais e realizamos um novo certame. Hoje temos um contrato válido, uma empresa contratada e prazo para começar a execução”, explicou o secretário de Governo e Planejamento, Rodrigo Fisher, destacando que a previsão é de que a ordem de serviço seja dada ainda este mês e que as obras tenham início efetivo na última semana de agosto.
Segundo o engenheiro de planejamento Aglailson Neves, a primeira etapa do projeto foi pensada para atender prioritariamente a área com maior concentração de imóveis e com maior impacto ambiental. “O setor central é a região que mais contribui para a carga de esgoto no município e, consequentemente, para a poluição do rio. Com essa obra, vamos eliminar o lançamento direto de esgoto no Riacho Vermelho e no leito principal do Rio Correntina, melhorando a qualidade da água, a saúde da população e a preservação dos nossos pontos turísticos”, disse.
O engenheiro explicou ainda que a nova estação terá capacidade de tratar até 90% da carga orgânica presente no esgoto coletado, garantindo que a água devolvida ao rio atenda aos padrões exigidos pelos órgãos ambientais.
*Avanços* – O prefeito reforça que a transformação vai muito além da questão ambiental. “Essa obra é cuidar da nossa gente. Saneamento básico é dignidade, é saúde pública. Estamos garantindo que famílias que hoje vivem com fossas ou com ligações improvisadas tenham acesso a um sistema moderno de tratamento. E mais: com o Rio Correntina despoluído, vamos impulsionar nosso turismo, trazendo mais visitantes e mais renda para os correntinenses. É uma vitória para toda a cidade”, afirmou Mariano.
Além do impacto ambiental e na saúde, a obra também promete movimentar a economia local. O prefeito determinou que a empresa contratada priorize a contratação de mão de obra e fornecedores do próprio município, o que deve gerar emprego e renda durante os 12 a 15 meses previstos para a execução da primeira etapa. “Esse recurso vai circular aqui dentro, aquecendo o comércio e gerando oportunidades. É uma obra que transforma nossa infraestrutura, mas que também fortalece nossa economia e nossa autoestima como cidade”, concluiu Rodrigo Fisher.
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