7 de agosto de 2025
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Prefeito de Jussara, Tacinho Mendes alerta para começo da fase mais crítica da seca

Prefeito de Jussara, Tacinho Mendes alerta para começo da fase mais crítica da seca

O prefeito de Jussara, Tacinho Mendes (PP), afirmou nesta quarta-feira (6) que o município enfrenta a pior seca dos últimos 40 anos e alertou que a fase mais crítica da estiagem está apenas começando. Segundo ele, a previsão de chuvas é incerta, e a expectativa é de que o cenário se agrave nos próximos meses. Jussara é a cidade com maior rebanho da região.

“Choveu apenas 212 milímetros este ano em Jussara, e de forma mal distribuída. Perdemos 100% da safra”, disse o prefeito durante entrevista ao programa Se Ligue Bahia, da rádio Itapoan FM. “Estamos apenas no início do período mais difícil”, afirmou.

Diante da estiagem, a Prefeitura decretou situação de emergência e suspendeu eventos festivos tradicionais para redirecionar recursos à compra de insumos para os agricultores. Foram adquiridas, com recursos próprios, 3 mil sacas de milho e outras 3 mil de silagem, distribuídas à população.

A seca também atinge a agricultura irrigada, com poços artesianos secando ou apresentando nível baixo. Uma empresa de cultivo de uva que operava na cidade reduziu as atividades, o que resultou em demissões.

“O gado está sendo vendido abaixo do preço, sem engorda, porque ou vende ou perde o animal. Não há alternativa”, disse o prefeito.

Tacinho cobrou apoio dos governos federal e estadual. Em abril, ele participou de uma reunião com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, junto a deputados e outros prefeitos da Bahia. O governo federal se comprometeu com a redução do preço do milho da Conab, prorrogação de dívidas rurais e envio de caminhões-pipa e maquinário.

“O milho baixou de R$ 90 para R$ 69, mas ainda não chegou aos R$ 60 prometidos. A prorrogação das dívidas começou agora, e os caminhões-pipa e os maquinários ainda não chegaram”, afirmou Tacinho.

Conselheiro fiscal da União dos Municípios da Bahia (UPB), o prefeito levou o tema para discussão na entidade na última semana. “Sabemos que a seca não atinge toda a Bahia, mas na nossa região a situação é grave. Precisamos de ações articuladas, urgentes e concretas”.

Foto: Divulgação/UPB




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