Nos dias 04 e 05 de setembro, Salvador será o palco de um debate nacional que une economia, equidade e transformação social. O auditório do Sebrae receberá o III Seminário Nacional da Mulher Economista e Diversidade, que terá como tema “Violência de Gênero e Economia: Impactos e Saídas Possíveis pelas Vias da Empregabilidade e do Empreendedorismo”. Inscreva-se gratuitamente AQUI.
A abertura contará com a presença da presidenta do Cofecon, Tania Cristina Teixeira; da Secretária Nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, Rosane Silva; da coordenadora da Comissão Mulher Economista e Diversidade, Teresinha de Jesus Ferreira da Silva; da presidenta do Corecon-BA, Isabel Ribeiro; além de autoridades federais, estaduais e municipais ligadas às políticas para as mulheres.
O seminário amplia em 2025 seu público-alvo: além das mulheres economistas, pretende atrair homens, pessoas LGBTQIAPN+ e coletivos diversos. A proposta é aprofundar o debate sobre como a violência de gênero repercute nas dinâmicas econômicas, na produtividade e no desenvolvimento social, explorando também caminhos possíveis de enfrentamento e superação por meio da inclusão produtiva.
Palestra Magna
A palestra magna acontecerá no dia 04 de setembro, às 18:30, e terá como tema violência de gênero e os impactos na economia, propondo um olhar atento às consequências econômicas da violência, que vão desde a redução da produtividade e da renda das famílias até o aumento dos gastos públicos com saúde, segurança e assistência social. Participarão da mesa Luciana Mendes Santos Servo, presidenta do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); Marilane Oliveira Teixeira, pós-doutora no Programa de Desenvolvimento Econômico e Social do IE/Unicamp; e Lis Helena de Souza Borges, especialista em produção de informações econômicas, sociais e geoambientais na SEI Bahia.
Os impactos econômicos da violência de gênero no PIB brasileiro
Na programação do dia 5, o painel “Violência de gênero, PIB, impactos sociais, Qualidade de vida” vai discutir como a desigualdade e as múltiplas formas de violência afetam o crescimento econômico, a produtividade e a geração de riqueza do país, evidenciando que o enfrentamento à violência também é uma agenda de desenvolvimento. Participam do debate Aline Cristina da Cruz, professora da Universidade Federal de São João del-Rei; Luciana Acioly da Silva, presidenta do Conselho Regional de Economia da 11ª Região – DF; e Maria Cristina Araújo, economista do Corecon-DF.
Trabalho ameaçado pela violência
Já o painel “Violência de Gênero e o Mercado de Trabalho, impactos socioeconômicos, diversidade” aprofundará o debate sobre como as várias formas de agressão afetam diretamente a trajetória profissional das mulheres, provocando afastamentos, queda de produtividade, rotatividade e dificuldade de inserção ou permanência no emprego. Participam da discussão Maria Côrtes do Nascimento, coordenadora do Instituto de Segurança Pública, Estatísticas e Pesquisa Criminal; Ana Georgina da Silva Dias, supervisora regional do DIEESE/BA; Lucia dos Santos Garcia e Denise Kassama Franco do Amaral, conselheiras federais do Cofecon.
A violência que silencia e adoece
No período da tarde as discussões terão início com o painel “Violência de Gênero, assédio moral e os impactos na vida acadêmica”. O debate abrange também formas mais sutis, mas igualmente danosas, de violência, que prejudicam o desempenho e causando adoecimento psicológico. Participam do painel Mailane Fontes Ribeiro, graduada em Administração e Ciências Contábeis pela UFBA; Rebeca Amazonas, presidenta da FENECO; Clarisse Flávia Santos Araújo, vice-presidenta do Corecon/PI; e as conselheiras federais Maria de Fátima Miranda e Fabiola Andréa Leite de Paula.
Trabalho invisível, violência real
O painel “Violência de Gênero à Luz da Economia Feminista” propõe uma análise crítica das estruturas que perpetuam desigualdades de gênero e sustentam formas diversas de violência contra as mulheres. A discussão abordará o trabalho reprodutivo não remunerado, a precarização das relações de trabalho e a ausência de políticas públicas efetivas que contribuam para diminuir a vulnerabilidade econômica das mulheres. O painel busca ampliar o entendimento sobre a violência de gênero não apenas como um problema individual, mas como resultado de um sistema econômico que precisa ser transformado. Participam Kellen Carvalho de Sousa Brito, membro da Rede Brasileira de Economia Feminista; Carolina Ragazzi, cofundadora do Mulheres do Mercado; e as conselheiras federais Ana Claudia de A. Arruda Laprovitera e Maria do Socorro Erculano de Lima.
Empreender para romper o ciclo da violência
O painel “Violência de Gênero, e o empreendedorismo como alternativa para o empoderamento da mulher” trará reflexões sobre como o empreendedorismo pode se constituir em uma estratégia de superação da violência e fortalecimento da autonomia econômica das mulheres. Em contextos marcados por vulnerabilidade social e dependência financeira, empreender pode representar uma alternativa concreta para reconstruir trajetórias, conquistar independência e acessar redes de apoio. Mas esta situação também traz seus desafios. Participam do painel Rosângela Bispo, coordenadora do Sebrae Plural – Sebrae Bahia; Kerssia Preda Kamenach, conselheira federal; Flávia Vinhaes Santos, conselheira federal; Janile da Silva Soares, presidenta da Comissão Mulher Economista do Corecon-RS; e Josélia Souza de Brito, conselheira federal.
Elas movem a economia
O último painel do evento terá como tema o movimento mulheres economista no Brasil, avanços e dificuldades. Balanço da Comissão Mulher Economista e Diversidade e das comissões regionais. Carta de Salvador. Destacando conquistas na busca pela igualdade de oportunidades dentro da própria profissão. O momento também permite valorizar a atuação de mulheres que, ao longo de décadas, contribuíram para ampliar a presença feminina nos espaços de decisão, na produção do conhecimento e nas políticas públicas. Participam do painel Teresinha de Jesus Ferreira da Silva, conselheira federal e coordenadora da Comissão Mulher Economista do Cofecon; Cristiana Meneses David, coordenadora da Comissão Mulher Economista do Corecon-SP; e Valquíria Aparecida Assis, ex-presidenta do Corecon-MG; e coordenadoras das Comissões Estaduais do Sistema Cofecon/Corecons.
Serviço:
III Seminário da Mulher Economista e Diversidade
Tema: “Violência de Gênero e Economia: Impactos e Saídas Possíveis pelas Vias da Empregabilidade e do Empreendedorismo”
Quando: 04 e 05 de setembro
Onde: Civil Tower, Torre Cirrus – Rua Arthur de Azevêdo Machado, 1.225 – Costa Azul, Salvador – BA (Térreo)
Inscrições: http://bit.ly/44keSRk
Foto: Divulgação