O novo secretário Nacional de Comunicação do PT, Éden Valadares, comentou a pesquisa do Instituto Locomotiva, em conjunto com a QuestionPro, divulgada nesta segunda (1º), que revelou que 85% dos brasileiros se mostraram favoráveis à regulação das redes sociais, enquanto apenas 7% disseram discordar.
O secretário afirmou que regulamentar as redes sociais já deixou de ser uma discussão ideológica há muito tempo, não se limitando ao campo da disputa política entre a esquerda e direita. Precisamos de regras claras para as redes sociais. “É uma agenda urgente em defesa do Brasil”, destacou.
Éden realçou que a sociedade brasileira cobra que as instituições, públicas e privadas “avancem na garantia de um ambiente digital transparente, inclusivo e seguro, sobretudo para nossas crianças e adolescentes. E o único caminho para isso é a regulação das redes sociais.”
Sobre a segurança dos usuários, sobretudo das crianças e adolescentes, Éden destacou: “É preciso ter foco nos direitos coletivos, como a dignidade e a democracia, mas também nos direitos individuais, como a liberdade e a segurança. Chega de fake news que causa pânico, de desinformação que gera manipulação e de discurso de ódio que destrói vidas. A pessoa atrás da tela precisa ser protegida. E somente a aprovação e garantia de implementação de Leis podem assegurar a segurança e os direitos de todos que usam a internet.”
A insegurança dos pais sobre os conteúdos a que seus filhos acabam expostos, com o acesso às redes sociais sem nenhum filtro e que podem exibir conteúdos inadequados para as crianças, é motivo de muita preocupação para os pais, afirmou o secretário. “Todo mundo que é pai, mãe, responsável por alguma criança ou tem o mínimo de decência fica extremamente preocupado ao ler que alguns modelos algorítmicos existentes hoje não só estimulam as agressões na internet, como lucram em cima disso e em situações que são porta de entrada para crimes graves como a pedofilia.”
O dirigente petista afirmou ainda que não existem crenças inquestionáveis por parte do PT ou do seu presidente Edinho Silva no que se refere ao tema, destacando que, na verdade, a postura do partido é bem pragmática e simples. “É dever do Estado e da sociedade combater o racismo, a violência contra a mulher, a disseminação do discurso de ódio antidemocrático? Sim. É direito de todos os cidadãos e cidadãs viverem em um ambiente livre de exploração, assédio, discriminações e preconceitos? Também é. Então o que é dever e direito aqui, na ‘vida real’, deve também ser no ambiente digital. E o que é crime em qualquer ambiente deve ter regulamento para identificação e punição dos autores. Simples assim”, concluiu.
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