O deputado estadual Robinson Almeida (PT) reagiu com indignação ao novo escândalo que atinge a Prefeitura de Salvador, após vir à tona que a secretária de Desenvolvimento Econômico, Mila Paes Scarton, teve um curso de R$ 105 mil pago com dinheiro público. “Enquanto escolas caem aos pedaços e faltam médicos nos postos, o dinheiro da população banca o luxo de quem já vive cercado de privilégios. É um escárnio com o povo de Salvador”, afirmou. Para o parlamentar, o caso evidencia o abismo entre o poder municipal e as necessidades reais da cidade.
Segundo Robinson Almeida, o prefeito Bruno Reis, sob influência de ACM Neto, repete velhas práticas de favorecimento: “O que seria essa Bolsa Privilégio, senão a distribuição de benesses com dinheiro público para os amigos do Reis?”, ironizou. Ele lembrou que esse padrão de comportamento, sustentado por gastos excessivos com publicidade e benefícios pessoais, já virou marca das gestões do grupo político que comanda Salvador há quase duas décadas.
Documentos oficiais revelam que o contrato com a Saint Paul Escola de Negócios foi firmado em dezembro de 2023, sem licitação, com o argumento de inexigibilidade. Embora Mila Paes não seja servidora de carreira, o curso — o Advanced Boardroom Program for Women — foi totalmente custeado pela prefeitura, incluindo aulas presenciais e um módulo internacional na Itália.
O parlamentar também criticou o silêncio do prefeito. “Até agora, Bruno Reis não explicou quem paga o curso de doutorado que ele faz em Brasília. A falta de transparência só aumenta as suspeitas e aprofunda o desgaste de uma gestão que perdeu o senso de ética e responsabilidade com o dinheiro do povo”, declarou.
A denúncia contra Mila Paes soma-se aos casos da vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT) e da secretária da Fazenda Giovanna Victer, ambas com cursos custeados pelo erário. Para o deputado, o conjunto dos episódios expõe o uso político dos recursos públicos e reforça a percepção de uma administração voltada à autoproteção do próprio círculo de confiança. “Muda o nome, mas o roteiro é o mesmo: o povo fica com os buracos nas ruas e a conta do privilégio”, concluiu o deputado Robinson Almeida.
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