“A Prefeitura de Salvador virou patrocinadora de luxo.” A frase é do deputado estadual *Robinson Almeida (PT)*, que lembra que a *Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Renda*, da administração de Bruno Reis, “foi criada supostamente para apoiar trabalhadores e pequenos negócios, não para bancar o lazer de quem já vive no topo”.
Segundo ele, as cotas de patrocínio dispararam desde 2023. Em 2024, foram cerca de R$ 4,5 milhões. Em 2025, o valor já se aproxima de R$ 5 milhões — e “30% disso foi torrado no Salvador Boat Show”, evento descrito pelo deputado como “uma vitrine para compradores de iates”. Somando todo o circuito náutico, Almeida calcula que “mais de R$ 2 milhões, algo perto de 40% dos patrocínios do ano, foram destinados a agradar um público que nunca precisou da secretaria”.
Ele aponta também o patrocínio ao Marchador Fest de Marcha Picada, “evento voltado a criadores de Mangalarga Marchador, outra elite que não depende de política pública para existir”.
Para ele, enquanto isso, “eventos que realmente mudam vidas recebem migalhas”. O deputado cita a *Expofavela Innovation*, voltada ao empreendedorismo das periferias, e a *Agenda Julho das Pretas*, de forte impacto cultural, como exemplos de ações “que deveriam estar no centro da política da prefeitura, mas ficam espremidas no orçamento”.
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