O presidente do PSOL-BA, Ronaldo Mansur, disse nesta quarta-feira (26), em entrevista ao programa Boa Tarde Bahia, na TV Bandeirantes, que o lançamento da chapa majoritária que irá disputar as eleições de 2026 será no dia 13 de dezembro. O seu nome foi confirmado como pré-candidato ao governo em reunião da Executiva do PSOL-BA realizada no mês de setembro.
Na entrevista ao jornalista Luis Filipe Veloso, Mansur comentou o bom desempenho do PSOL baiano na disputa pela Prefeitura de Salvador, em 2024, e o processo de arrumação das chapas para as eleições majoritária e proporcional no próximo ano. Por não estar alinhado nem ao governo estadual e nem ao poder municipal, reconheceu as dificuldades, mas também o maior senso de independência e autonomia.
O presidente do PSOL baiano criticou a quantidade de empréstimos solicitados pelo governador Jerônimo Rodrigues e pelo prefeito Bruno Reis a menos de um ano das eleições do ano que vem. “Entendemos que os investimentos precisam ser feitos, mas quem vai pagar essa conta é o povo preto, que anda nas latas de sardinha e sofre numa cidade que não aguenta duas horas de chuva. Cada vez mais, Salvador piora com as digitais do governo estadual e da Prefeitura”, ele afirmou.
Sobre a aliança com outros partidos de esquerda em 2026, disse que o PSOL-BA está aberto à composição, mas já vem mantendo um diálogo produtivo com os companheiros da Rede Sustentabilidade – e citou os nomes de Marcelo Carvalho (porta-voz do diretório estadual) e Magno Lavigne (ex-presidente da UGT-BA, hoje secretário nacional do Ministério do Trabalho e Emprego), ambos sindicalistas.
Mansur informou que a meta do PSOL-BA é eleger quatro deputados estaduais e um federal em 2026, e deixou claro que não existe preferência por um outro candidato por parte do partido. “Não temos favoritos, temos nomes muito bons e competitivos prontos para a disputa”. Para o dirigente, o PSOL precisa estar ocupando o Legislativo para poder levantar as pautas que os demais partidos “não têm coragem de levantar”.
“Hilton Coelho muitas vezes fala sozinho na Assembleia Legislativa da Bahia. Na recente eleição para a presidência da casa, tÃnhamos a compreensão de que não era legal a reeleição de Adolfo Menezes para o terceiro mandato, e entramos com a ADIN. A oposição poderia ter feito essa movimentação, mas não”, lembrou. Mansur destacou a atuação de Hamilton Assis e Eliete Paraguassu, vereadores eleitos em 2024, na Câmara Municipal de Salvador. Duas vozes de oposição no combate ao racismo, à intolerância religiosa, à destruição do meio ambiente, e comprometidos com o povo.
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