Do caminho da roça para a capital, com a força de quem produz os alimentos que chegam às mesas, foi aberta nesta quarta-feira (11), no Parque Costa Azul, em Salvador, a 16ª Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária, considerada a maior do mundo dedicada ao segmento.
O evento reúne diversidade, inovação, tradição e políticas públicas estruturantes que fortalecem quilombolas, povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares de toda a Bahia.
Na abertura, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, reforçou a dimensão e o simbolismo da feira: “A Bahia tem 600 mil agricultoras e agricultores familiares, aqui tem 600 barracas mostrando a diversidade com os quilombolas, com os indígenas, com os povos tradicionais e com agricultoras e agricultores trazendo a sofisticação da agricultura familiar e da agroindústria baiana”.
O titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Osni Cardoso, destacou uma grande novidade desta edição. “Tudo aqui foi feito com todo amor do mundo. Pela primeira vez, nós vamos ter uma empresa brasileira organizando uma rodada de negócios para a nossa agricultura familiar vender no Brasil, no mundo, com a participação de 150 cooperativas”, afirmou.
O superintendente de Agricultura Familiar da SDR, Euzimar Carneiro, enumerou algumas novidades que marcam esta edição. “Como em todos os anos, teremos muitos lançamentos como o macarrão e milho de pipoca de milho não transgênico, vinho, iogurte natural com geleia de uva, entre outros produtos. São cerca de 700 expositores, mais de 150 estandes e uma previsão de 80 mil pessoas circulando durante os dias de feira”.
O público também celebrou o evento. Pela primeira vez na feira, Mariana Teixeira aprovou a experiência e já prometeu retornar nos outros dias. “Gostei muito da cerveja de caju e da de mandioca. Os queijos também estão aprovados”, destacou.
Já Cláudia Torres, frequentadora assídua, reforçou o valor da iniciativa para as famílias baianas: “Venho todos os anos, com toda a família e ainda convido os amigos. Acho importante vivenciar tudo o que a Bahia tem de melhor, comidas, artesanato. Uma feira que traz as raízes da nossa Bahia para perto”.
Já os expositores destacaram o caráter social do evento. O artesão José Assis dos Santos, Kariri Xocó de Paulo Afonso, participa há sete anos. “Trazemos cocares, colares, brincos, pulseiras, tiaras, lanças e filtro do sonho. Recebemos todo apoio da secretaria para participar, com transporte, hospedagem e alimentação. É muito bom mesmo estar aqui”, disse.
Na Praça Gastronômica, Juci Maria Santos, da barraca Raízes do Brasil, oferece, há dois anos, feijoada, carne de fumeiro, carne do sol, entre outras iguarias. “Tudo do melhor. O Raízes é uma iniciativa do MPA, Movimento dos Pequenos Agricultores, para ser esse espaço de comercialização entre o campo e a cidade, trazendo uma alimentação agroecológica e saudável para a feira”, explicou.
Nesta edição, que acontece até domingo (14), a feira traz dois novos espaços, o Caminho da Roça e Flores da Bahia, e conta com 26 restaurantes em duas praças gastronômicas, mais de 25 atrações culturais em três palcos para shows, tendas Quilombola, Indígena e do Artesanato, e ainda a 3ª Feira Agroecológica da Bahia. Tem também as áreas de comercialização dos produtos da agricultura familiar dos 27 territórios de identidade, choperias com cervejas artesanais de oito cooperativas, mais de 6 mil produtos incluindo opções veganas, além da programação técnica com oficinas e seminários.
Programação Cultural
Nesta quinta-feira (11), a feira funciona das 12h às 22h. No Palco Arena, às 18h30, tem apresentação das Ganhadeiras de Itapuã, e às 20h, do cantor Del Feliz. Já no Palco Nordestino, a partir das 20h, o show é de Paulinho Jequié.
A realização da 16ª Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária é do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e UNICAFES Bahia, e apoio da Apex Brasil, Bahia Turismo, Bahia Sem Fome, Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM) e Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder).
Foto: Jonas Santos/GOVBA






