Mais de 2 mil militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) participam, nesta semana, do 38º Encontro Estadual do MST na Bahia, realizado no Parque de Exposições. A atividade teve início na segunda-feira (15), com a realização da 2ª Copa Estadual da Reforma Agrária, e segue até quinta-feira (18), reunindo mesas de debate, lançamento de livro e momentos de planejamento, formação e celebração da trajetória do movimento.
O encontro reúne representantes das dez regiões – dos 27 territórios baianos – em que o MST está organizado no estado e integra um processo coletivo de avaliação da conjuntura política, definição de estratégias e fortalecimento da luta pela reforma agrária. Atualmente, o movimento reúne cerca de 90 mil famílias acampadas em todo o país, sendo 19 mil delas na Bahia.
Durante a programação, o MST também celebrou o marco de 750 mil mudas de árvores plantadas no estado da Bahia por meio do plano Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis. A iniciativa faz parte da campanha nacional que tem como meta o plantio de 100 milhões de árvores até 2030 e que já ultrapassou 45 milhões de mudas plantadas em todas as regiões do Brasil.
“Realizar o 38º Encontro Estadual do MST é de muita riqueza. É um espaço para fazer o balanço do último período, debater a conjuntura e planejar as próximas tarefas da luta pela terra, da organização dos acampamentos e cooperativas e também das disputas eleitorais, incluindo nossos deputados e a reeleição do presidente Lula e do governador Jerônimo”, afirmou João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST.
O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), militante histórico do movimento, destacou a importância da organização popular diante dos desafios políticos do próximo período. “Precisamos ter força e unidade para enfrentar o bolsonarismo em todos os espaços. Esse será um período de grandes desafios, mas também de muita confiança na vitória, porque acreditamos na força da nossa organização”, afirmou.
Já Eliane Oliveira, da direção nacional do MST na Bahia, ressaltou o caráter estratégico do encontro e o contexto político que se aproxima. “Este é um espaço de balanço, planejamento e proposição para o próximo período. Em 2026, além das eleições, completam-se 30 anos do Massacre de Eldorado do Carajás, um crime que segue impune. Seguiremos na luta pela terra e, sobretudo, pautando o Governo Federal, para que as 90 mil famílias acampadas no Brasil, incluindo as 19 mil na Bahia, sejam assentadas. É momento de repensar estratégias para dar continuidade a nossa organização aqui na Bahia”, destacou.
Foto: Letícia Oliveira/PT Bahia






