O Governo do Estado da Bahia consolidou, ao longo de 2025, uma gestão cultural marcada por investimentos recordes e pelo fortalecimento da política de territorialização das ações. Por meio da Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA) e suas unidades vinculadas, os programas são voltados ao fomento; à requalificação e abertura de espaços culturais; à preservação do patrimônio e da memória; além do fortalecimento de iniciativas nas diferentes linguagens artísticas por todo o estado.
Um dos destaques do ano foi a execução da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). Foram mais de R$ 71 milhões investidos no ciclo 1, que concentrou 71% dos projetos no interior do estado. Ainda em 2025, foi lançado o ciclo 2 da PNAB Bahia, com investimentos de mais de R$ 70 milhões, distribuídos em 27 editais, que vão viabilizar até 1.090 projetos culturais em diversas áreas, contemplando fomento às artes; identidades e saberes; formação; livro, leitura e memória; museus e patrimônio; economia criativa e espaços culturais.
FOMENTO – No início do ano, a programação do Verão Axé 40 anos ocupou espaços públicos e garantiu uma agenda fortalecedora no Pelourinho com 362 atrações em seis dias de festa. Quinze milhões foram destinados ao Edital Ouro Negro, voltado aos blocos afro, samba-reggae e afoxés. Os recursos foram ampliados pelo Edital Carnaval do Pelô, com seleção de 81 atrações para o Centro Histórico.
A circulação cultural e a internacionalização também foram ampliadas com o Edital Mobilidade Cultural, que disponibilizou R$5 milhões para apoiar artistas, produtores, grupos e instituições, com o objetivo de realizar atividades fora do estado ou país. Além disso, o governo do Estado autorizou a liberação de R$5 milhões como verba suplementar para fortalecer o Programa Estadual de Incentivo ao Patrocínio Cultural, o FazCultura. A medida ampliou o orçamento do programa para R$ 20 milhões em 2025, número recorde desde que foi criado na década de 90.
Além da ação Paulo Gustavo Bahia (PGBA) e da execução da PNAB, com eixos voltados especificamente para o desenvolvimento das artes, A Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) ampliou a formação, a circulação e o fomento artístico em 2025, por meio da requalificação da sala Walter da Silveira e da Alexandre Robatto, com investimentos de R$ 1,6 milhão, recursos oriundos da Lei Paulo Gustavo.
A formação artística também foi fortalecida com as ações do Centro de Formação em Artes (CFA) e da Escola de Dança, que atenderam mais de duas mil pessoas em cursos regulares, livres e de verão. A circulação territorial também foi ampliada com o Circula Cena, que levou investimentos de R$ 532 mil a seis municípios, e com o Quarta que Dança, que realizou sessões de espetáculos de dança e 32 ações formativas, com investimentos de mais de R$ 640 mil. Já o Programa de Qualificação para o Circo destinou mais de R$ 578 mil a artistas e circos itinerantes. Na literatura e nas artes visuais, a Funceb lançou publicações e alcançou mais de sete mil visitantes em exposições e mostras.
A OSBA consolidou a democratização do acesso à música de concerto com temporadas gratuitas e populares, atingindo cerca de 40 mil pessoas, presencialmente, e mais de 380 mil visualizações em transmissões. Foram 47 apresentações realizadas, com reforço da presença no interior do estado, por meio do projeto OSBA na Estrada, em municípios como Feira de Santana, Cachoeira e Santo Amaro. A agenda no Complexo do Teatro Castro Alves (TCA) aproximou repertórios clássicos e populares, com eventos como OSBREGA, São João Sinfônico e Gal 80, além de ações de formação e circulação por meio das Cameratas, que realizaram 192 apresentações em escolas, museus e hospitais.
A Funceb prossegue com os Diálogos Setoriais das Artes. Os encontros reúnem artistas, técnicos, produtores, gestores, pesquisadores, professores, mestres, estudantes, grupos, companhias, trupes, coletivos, fóruns, redes, associações, escolas, universidades, espaços, organizações e empresas do campo das Artes que atuam nos diversos territórios de identidade cultural que compõem o estado.
Importante ressaltar que os Diálogos são instrumentos de divulgação e de mobilização dos setores artísticos para o Processo Eleitoral de escolha dos membros dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia (Gestão 2026/2027).
LIVRO E LEITURA – A Fundação Pedro Calmon (FPC) liderou uma política de leitura com recorde de 101 feiras literárias em 2025. O trabalho consolidou a Bahia como estado que mais investe em feiras literárias. As bibliotecas públicas estaduais registraram público estimado em 50 mil pessoas, com atividades formativas, contação de histórias, oficinas e itinerâncias. A FPC ampliou acervos com a doação de 20 mil livros e a aquisição de 15 mil novas publicações de editoras baianas, além de implementar o laboratório de digitalização e avançar na aquisição definitiva do prédio do Arquivo Público do Estado da Bahia.
PATRIMÔNIO – O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) destinou mais de R$11 milhões para obras de restauro em 2025, aumento de 17% no ano e quase 100% em dois anos. Entre as entregas estão a reabertura do Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, com requalificação que ultrapassou R$ 42 milhões, o Memorial das Matriarcas OdéKayodé, e a requalificações em prédios e templos tombados, como o Solar Ferrão, a Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb), além de obras em Valença, Feira de Santana, Cachoeira e Banzaê. O IPAC também obteve reconhecimento nacional com exposições premiadas e museus ranqueados entre os melhores do país.
Os equipamentos relacionados ao IPAC participaram da programação relacionada à Temporada França–Brasil, quando expressões artístico-culturais do estado estiveram em evidência. A abertura oficial aconteceu no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), em celebração aos 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países e contou com a presença do presidente Emmanuel Macron. Artes visuais, música, cinema e ações formativas aproximaram as culturas brasileiras, africanas e europeias.
INFRAESTRUTURA – A SecultBA avançou com a reestruturação e modernização de equipamentos em diversas regiões. O TCA passa pela maior intervenção de sua história, com investimento de R$ 260 milhões, garantindo modernização, climatização, segurança e acessibilidade.
Novos equipamentos também foram entregues, como a Casa da Música de Itapuã, em Salvador, com aporte de mais de R$ 700 mil, e a Sala Mestres e Mestras da Palavra, na Biblioteca Central do Estado da Bahia. Estão em fase de reformas outros espaços que fortalecem a cultura e a política de territorialização, tais como o Cine Teatro Solar Boa Vista (Salvador), o Teatro Dona Canô (Santo Amaro), o Complexo Carro de Boi e o Centro de Cultura Amélio Amorim (ambos em Feira de Santana).
Com capacidade para mais de 900 pessoas, o Teatro da Universidade Estadual de Feira de Santana é o maior teatro dentro de uma universidade pública da Bahia, projetado para se tornar um dos espaços culturais mais relevantes do interior do estado, ampliando o acesso à arte, à cultura e às atividades acadêmicas. Uma ação que impulsiona a política de Educação e de Cultura. O Teatro da UEFS valoriza não apenas a vida acadêmica, mas toda população e a cultura de Feira e da Bahia. A obra recebeu investimento superior a R$10 milhões e envolveu a modernização e conclusão do Teatro Central do campus.
Para fechar o ano de 2025, o Governo da Bahia apresentou um conjunto de ações para o verão 2026. A SecultBA investe em uma programação diversificada e que contempla múltiplas linguagens. Com o tema “Verão da Bahia. Um estado de alegria”, a lista de atrações inclui festas populares, shows, cortejos, ensaios, exposições, performances, contação de histórias, eventos e encontros literários.
Um dos destaques da estação será a movimentação no Pelourinho, por meio do projeto Amô pelo Pelô, maior ação de dinamização cultural do Centro Histórico de Salvador. Largos e praças do Pelô serão ocupados ao longo de toda a estação. O calendário desenvolvido pela SecultBA inclui ainda manifestações tradicionais que antecipam o clima carnavalesco.
Foto: Divulgação/GOVBA






