Uma caminhada, que vai sair da praça Dois de Julho, no Campo Grande, e seguirá até a praça Castro Alves, às 15h desta terça-feira (13), vai abrir, oficialmente, as atividades do Fórum Social Mundial (FSM 2018), evento que reunirá organizações e movimentos de todo o mundo para debater novas alternativas e estratégias de enfrentamento ao neoliberalismo.
Com o tema Povos, territórios e movimentos em resistência e o slogan Resistir é criar, resistir é transformar, o Fórum segue até sábado com atividades no Campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e em outros locais da capital baiana, como o Parque do Abaeté, em Itapuã, e o Parque São Bartolomeu, no subúrbio ferroviário.
São esperadas mais de 100 mil pessoas de 120 países, como Canadá, Marrocos, Finlândia, França, Alemanha, Tunísia, Guiné, Senegal, países sul-americanos e representações nacionais. Estão inscritos 1.500 coletivos, além de organizações e entidades.
Entre as presenças confirmadas estão a dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, Fernando Lugo, do Paraguai, e José Mujica, do Uruguai. Também participarão o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, a militante indígena e pré-candidata à vice-presidência pelo Psol, Sônia Guajajara, a presidente da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM), Lorena Peña, o filósofo do Congo Godefroid Ka Mana Kangudie, dentre outras lideranças.
De acordo com Anne Sena, membro do grupo facilitador do FSM 2018, o Fórum visa criar e discutir as formas de resistência às manobras que tentam impedir os processos democráticos, a participação popular e os direitos conquistados. “É um evento amplo e de grande importância para organizações sociais, pois nele serão repactuadas as diretrizes que vão guiar, nos próximos dois anos, uma luta de resistência”.
Coletiva – A programação do FSM conta com cerca de 1.300 atividades, entre mesas redondas, palestras, oficinas e assembleias. Nesta terça, antes da marcha de abertura, integrantes do Coletivo Brasileiro do Fórum Social Mundial 2018 e do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial darão uma coletiva de imprensa, às 11h, no auditório do Pavilhão de Aulas Reitor Felipe Serpa (antigo PAF I), em Ondina.
Na quarta (14), às 9h, será realizado o Tribunal Popular para Julgamento dos Crimes de Feminicídio contra as Mulheres Negras, no auditório do Instituto Federal da Bahia (Ifba). À tarde, a partir das 14h, a Marcha das Mulheres Contra o Racismo tomará as ruas do centro de Salvador, com concentração no Campo Grande. No mesmo horário, será realizada a Assembleia Mundial da Juventude, no Acampamento Intercontinental das Juventudes, que será montado no Parque de Exposições de Salvador.
Na quinta (15), o ponto alto será o ato em Defesa da Democracia, no Estádio de Pituaçu, às 17h. O evento contará com as presenças dos ex-presidentes Lula, Dilma, Lugo (Paraguai) e Mujica (Uruguai).
Na sexta (16), ocorre a Assembleia Mundial dos Povos, Movimentos e Territórios em Resistência, às 14h, no Acampamento dos Povos Indígenas, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). O último dia do evento será marcado pela Ágora dos Futuros, que contará com a apresentação dos resultados das atividades do FSM, na Praça das Artes, campus de Ondina da Ufba, e discussão de possíveis atividades para o próximo Fórum em 2020.