Após afirmar ter atravessado a fronteira da Colômbia a pé, o líder opositor venezuelano Juan Guaidó foi forçado a deixar o país, informou a agência de notícias AFP na madrugada desta terça-feira (25). Em uma rede social, Guaidó disse que foi ao país por causa de uma cúpula sobre a Venezuela.
Mais cedo, a AFP havia relatado que Guaidó não tinha sido convidado para participar da cúpula, que acontece em Bogotá, e que tinha feito uma “viagem de surpresa”. Uma fonte da oposição confirmou à agência que o líder foi forçado a sair do país.
A Chancelaria da Colômbia publicou um comunicado informando que Guaidó estava em Bogotá de forma irregular.
“À tarde @MigracionCol conduziu o senhor Juan Guaidó, venezuelano que se encontrava irregularmente em Bogotá, ao aeroporto El Dorado com o objetivo de verificar a sua saída em linha aérea comercial com destino aos Estados Unidos, durante a noite”, diz o comunicado.
A Chancelaria disse ainda que Guaidó já tinha comprado a passagem. “Migração Colômbia está vigilante para que esta viagem ocorra sem demora”, concluiu.
Minutos depois, Guaidó publicou um vídeo afirmando que estava deixando a Colômbia devido a ameaças do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, contra ele e sua família. Segundo o opositor, as ameaças “se espalharam para a Colômbia”.
Antes de deixar a Colômbia, ainda na terça-feira (24), Guaidó publicou um comunicado nas redes sociais falando sobre a ida até o país. O opositor afirmou que iria solicitar uma reunião com as delegações internacionais.
“Espero que a cúpula possa garantir que o regime de Maduro volte à mesa de negociações no México e concorde com um cronograma confiável para eleições livres e justas”, escreveu.