O vereador Claudio Tinoco (União Brasil) cobrou esclarecimento sobre declaração da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) de que lançará esgoto in natura nas águas do mar de Salvador entre esta terça (3) e quarta-feira (4). A recomendação dada pela empresa de evitar o banho de mar e a pesca entre o Rio Vermelho e o Farol da Barra é preocupante e inaceitável para o vereador.
“Isso é inacreditável! Não podemos aceitar que, em pleno século 21, uma empresa pública não tenha tecnologia ou capacidade de investimento para evitar a contaminação das nossas águas marinhas”, enfatizou o vereador.
Tinoco também mencionou a preocupação com a falta de balneabilidade nas praias de Salvador e da Baía de Todos-os-Santos, destacando o impacto direto na economia local e na qualidade de vida dos cidadãos.
Nesta terça-feira (3), o vereador Tinoco tomará medidas em defesa da comunidade e do meio ambiente. Ele encaminhará requerimentos buscando a suspensão da operação anunciada pela Embasa. Além disso, o vereador buscará a intervenção do Ministério Público com o objetivo de prevenir qualquer desastre ambiental iminente, bem como garantir proteções e compensações para os pescadores e outros setores econômicos que dependem das praias afetadas. Em seu compromisso com a transparência e a fiscalização, Tinoco solicitará acesso às licenças e registros das ações dos órgãos ambientais, incluindo Ibama, Inema e Sedur.
“Aqui na Câmara Municipal, estamos debatendo a economia do mar, e eu presido a Frente Parlamentar em defesa dos investimentos na Baía de Todos-os-Santos. Estamos indignados e exigiremos transparência da Embasa, além de apresentar relatórios públicos do INEMA, tanto da coleta quanto dos resultados após essa operação. Não aceitaremos que o mar de Salvador seja indisponível para os soteropolitanos e se torne uma ameaça para a rica fauna marinha”, declarou Tinoco.
O vereador ainda destacou que existe outro emissário submarino na Boca do Rio, administrado pela iniciativa privada, que não apresenta problemas semelhantes ao da Embasa, o que levanta sérias questões sobre a capacidade da empresa estatal de prestar serviços públicos adequados aos baianos e soteropolitanos.
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