6 de março de 2025
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Programa Salvador Acolhe registra recorde com 549 crianças atendidas no Carnaval

Programa Salvador Acolhe registra recorde com 549 crianças atendidas no Carnaval

Realizado pela Prefeitura, o programa Salvador Acolhe, que oferece um ambiente seguro para os filhos de ambulantes que estão trabalhando durante o Carnaval, registrou um recorde histórico em 2025. O número de crianças e adolescentes acolhidos neste ano aumentou 16,81% em relação a 2024, e 49,59% se comparado a 2023. O balanço reforça a importância da iniciativa, realizada pela Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ), para garantir proteção aos menores e tranquilidade aos trabalhadores informais durante a festa.

Ao todo, 549 crianças e adolescentes de até 17 anos foram acolhidos nos cinco centros disponíveis ao longo dos seis dias oficiais de Carnaval de Salvador 2025. No ano passado, haviam sido 470, e em 2023, foram 367. No primeiro dia da festa, na quinta-feira (27), o Salvador Acolhe bateu um recorde diário, com 385 acolhimentos, sendo 117 bebês de 0 a 3 anos.

A titular da SPMJ, Fernanda Lordêlo, destacou o resultado: “Só para você ter ideia, em 2023 nós acolhemos durante o Carnaval inteiro 367 crianças. Só no primeiro dia deste ano, tivemos 385. Então foi um recorde histórico, inclusive ficamos preocupados por conta do número máximo de vagas, de 600, mas fechamos com 549. Importante destacar que em 2024 já houve um leve aumento em relação a 2023, porque foram 470 acolhimentos. É uma mostra de como esse serviço tem sido cada vez mais necessário e a confiança crescente das mães e das famílias em deixá-los conosco durante esse tempo”, disse.

“Agora mesmo, na Quarta-Feira de Cinzas, nós ainda estamos com crianças em todas as escolas, porque ainda teve o Arrastão. Estamos aguardando esses pais e familiares para que a gente faça a entrega tranquilamente, com todo o apoio do Conselho Tutelar. Foi um ano de grande desafio em razão do aumento, e provavelmente vamos ter que aumentar essas vagas para o ano que vem”, completou Fernanda Lordêlo.

As estruturas do Salvador Acolhe funcionam em escolas municipais próximas aos circuitos. Na Barra/Ondina, foram três centros disponíveis: Casa da Amizade (Jardim Apipema), Oswaldo Cruz (Rio Vermelho) e Santa Terezinha (Chame-Chame). No Circuito Batatinha (Pelourinho), a Escola João Lino, e no Circuito Osmar (Centro), a Escola Hildete Lomanto (Garcia), que recebeu o maior número de acolhidos: 189.

Entre os acolhidos estão 38 crianças e adolescentes de outros municípios baianos como Feira de Santana, Tanquinho de Feira, Camaçari, Conceição do Coité, Rio Real, São Francisco do Conde, Lauro de Freitas e Simões Filho. Os bebês de 0 a 3 anos foram o principal público de beneficiados, com 156, seguido de 4 a 6 anos, com 154. As crianças pretas e pardas foram maioria (89,8%).

O programa inclusive recebeu a visita de Macaé Evaristo, ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania do Governo Federal. “Ela veio conhecer de perto como funciona, conheceu a nossa equipe médica da SMS, que fica 24 horas conosco, viu o posto avançado odontológico, que estava com crianças lá, e pôde ir nas salas para ver os meninos em trâmite de dormir, os berçários, e sinalizou que não conhece no Brasil nenhum serviço desse tamanho por conta da atuação 24 horas”, disse Fernanda Lordêlo.

Atenção à Mulher – Os Centros de Referência e Atenção à Mulher (CRAM) montados pela Prefeitura nos circuitos Dodô e Osmar registraram 31 casos de violência contra a mulher ao longo dos seis dias de Carnaval de Salvador 2025. As vítimas foram acolhidas pelas equipes da SPMJ e receberam apoio emocional e orientação jurídica através de uma equipe multidisciplinar formada por advogadas, psicólogas e assistentes sociais.

Foram 23 casos de violência física contra a mulher, três de violência moral, três de violência sexual, um de violência psicológica e um de importunação sexual. Os locais ficaram à disposição da população na Rua Professor Sabino Silva, no Chame-Chame, próximo ao Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, e no Campo Grande, próximo ao Monumento ao Caboclo.

“A gente observa uma redução dos números, o que é algo muito positivo. Os nossos dados batem com os do Ministério Público e da Polícia Civil. Diferentemente de outros casos, que estavam sem autoria definida, todos os que foram registrados estão com encaminhamento pela Polícia Civil, são casos que terão repercussão e resultado, porque o que a gente quer é que não haja impunidade. A gente tem que combater a impunidade para que esses números caiam ainda mais”, disse a secretária da SPMJ.

Foto: Jefferson Peixoto/Secom-PMS




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