O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) concedeu um efeito suspensivo parcial ao Vitória no fim da tarde desta quinta-feira (22) com relação ao caso BA-VI. As multas de R$ 100 mil ao clube e R$ 75 mil ao zagueiro Kanu, impostas pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia (TJD-BA), estão suspensas pelo instrumento.
Já as suspensões dos atletas envolvidos na confusão do clássico, do técnico Vagner Mancini e do zagueiro Kanu, que está impedido de jogar em qualquer competição por 90 dias, seguem com validade. Também foi solicitado que a Federação Bahiana de Futebol (FBF) não homologue o campeão do estadual até o julgamento do Pleno, que ainda não tem data definida.
Desta forma, o zagueiro Kanu, o meia Yago, o atacante Denilson e o técnico Vagner Mancini seguem fora da partida contra o Bahia de Feira, marcada para sábado, no Barradão, pela semifinal do Campeonato Baiano. Do lado do Bahia, o zagueiro Rodrigo Becão e o volante Edson não podem enfrentar o Juazeirense, no domingo, na Arena Fonte Nova.
A decisão foi tomada pelo auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva, que será o relator do processo no Pleno do STJD.
“Portanto, sem adentrar ao mérito do recurso o caso é de extrema gravidade, com cenas lamentáveis que repercutiram por todo o País, não sendo admissível, nesse caso concreto, que os atores envolvidos nessa vergonhosa conduta de violência e ameaça praticada além de artificial manobra para o encerramento antecipado da partida, desfilem nos gramados da final do Campeonato, gozando das benesses do Efeito Suspensivo e assim, zombando da Justiça Desportiva”, disse o relator.
Em julgamento realizado no Pleno do TJD-BA no último dia 9, Kanu foi condenado a 11 jogos de gancho, 90 dias de suspensão e multa de R$ 75 mil pela confusão ocorrida no Ba-Vi. O volante Yago e os atacantes Rhayner e Denilson, pelo Vitória, receberam pena de oito jogos de suspensão. A mesma punição foi imposta ao zagueiro Rodrigo Becão e ao volante Edson, do Bahia.