O prefeito de Salvador, Bruno Reis, defendeu nesta segunda-feira (28) o distensionamento das relações políticas brasileiras internas e externas e disse confiar no bom senso das autoridades para evitar prejuízos à população com o tarifaço americano. Segundo o chefe do Executivo soteropolitano, há mais de uma década o ambiente político brasileiro é marcado por uma polarização que não permite ao país se desenvolver economicamente.
“O que a gente espera é que as autoridades tenham equilíbrio e sensatez, que possam conduzir a um acordo para evitar que a população, que não tem nada a ver com isso, com as brigas políticas e a condução da política internacional, pague essa conta”, afirmou.
“O Brasil precisa de paz, ninguém aguenta mais extremismo. O país está em constante conflito desde 2014, já são mais de 10 anos. E isso dificulta a vida de quem quer empreender, de quem quer realizar nesse país. Eu sou um político que não me considero de direita, nem de esquerda, nem de centro; me considero alguém que faz uma política com base em resultados, para poder ter condições de mudar e transformar de verdade a vida das pessoas”, acrescentou.
No entendimento do prefeito, o Brasil ainda precisa de um líder político nacional capaz de pacificar o país. “Esperava que o presidente Lula tivesse essa capacidade de distensionar o país, de conduzir a nossa nação com equilíbrio e serenidade. Infelizmente, e digo isso com tristeza, não é o que nós estamos vendo. Estamos vendo ele governar somente para os dele, e contribuir para acirrar e, digamos assim, incendiar ainda mais os ânimos entre as forças políticas. Isso gera um cenário de tensão e conflito permanente, de crise permanente. E nesse cenário, é difícil governar, é difícil o país dar resultado. Com isso, consequentemente, nós agravamos a crise econômica e social”, apontou Bruno Reis.
O prefeito disse torcer pelo sucesso da comitiva de senadores brasileiros que vai buscar negociar e evitar o tarifaço. “Que essa comitiva, que tem inclusive o senador Jaques Wagner, líder do governo no Senado, possa efetivamente achar caminhos. E que prevaleça o bom senso. O Brasil tem relações econômicas no mais alto nível com os Estados Unidos há mais de 200 anos. Que essas relações históricas possam ser preservadas, para garantir que tantos os produtos que nós exportamos como os que importamos tenham preços justos”, pontuou.
O gestor municipal reforçou que o imbróglio tarifário com os Estados Unidos prejudica o país. “É algo lamentável. Prejudica quem quer empreender, prejudica quem quer produzir. Prejudica aqui a cidade de Salvador, a mim, que tenho a missão de administrar. Com o Estado parando, isso consequentemente impacta na arrecadação, dificulta para a gente honrar os nossos compromissos e garantir os níveis de investimento”, observou.
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