A Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) vai realizar uma série de audiências públicas nas próximas semanas com o objetivo de debater três temas centrais para o agronegócio e o meio rural baiano: a cadeia produtiva do cacau, a produção de leite e a grave seca que afeta várias regiões do estado.
O anúncio foi feito após reunião do colegiado, na qual ficou definido que produtores rurais, representantes de associações e entidades do setor agropecuário, além de técnicos e autoridades estaduais, serão convidados a participar dos encontros. O foco principal será colher subsídios para formulação de políticas públicas que fortaleçam essas cadeias produtivas e minimizem os efeitos da estiagem.
“O cacau, o leite e a seca são três frentes que exigem atenção imediata. Vamos escutar os produtores, as cooperativas, os órgãos de fomento e debater soluções reais. Nosso mandato pauta-se pela defesa do agro baiano, pelo direito à propriedade e pelo desenvolvimento com qualidade de vida”, afirmou o deputado Manuel Rocha (União Brasil), presidente do colegiado.
A audiência para debater a cadeia produtiva do cacau será realizada em Ilhéus. A proposta, feita pelo deputado estadual Pedro Tavares (União Brasil). Já o debate sobre a produção de leite foi proposto pelo deputado Eduardo Salles (PP), enquanto a pauta da seca foi uma iniciativa do parlamentar Luciano Araújo (Solidariedade).
Para o cacau, os debates tratarão do fortalecimento da produção e da industrialização, do acesso a crédito e inovação e da valorização do produto baiano no mercado nacional e internacional. Já para a pecuária de leite, a discussão incidirá sobre ampliação da produção, melhoria das pastagens, infraestrutura de refrigeração e logística. Em relação à seca, a comissão abordará o acesso à água, irrigação, financiamento, assistência técnica e políticas emergenciais para enfrentar a estiagem prolongada.
A seca prolongada tem sido apontada como uma das mais graves da última década em diversas regiões do estado, com impactos diretos sobre pastagens, produção de leite e economia rural. “Não podemos esperar que os prejuízos se cristalizem. A seca exige ação urgente, o Estado precisa mobilizar recursos, apoio técnico e estrutural”, ressaltou Rocha.
Manuel Rocha destacou que a comissão não pretende apenas ouvir, mas apresentar soluções práticas e acompanhar sua implementação. “Não basta o debate, nosso compromisso é com a resolutividade. Vamos propor indicações, fiscalizar a execução e garantir que os produtores baianos tenham respostas concretas”, concluiu.
Foto: Agência ALBA/Divulgação







