Maior enseada navegável do país e segunda maior do mundo, a Baía de Todos-os-Santos, tem vivido um momento de expansão turística e econômica nos últimos 5 anos, devido à crescente atividade náutica. Especialista no segmento, o empresário Rodrigo Lichotto aponta que essa efervescência está associada ao crescente e novo mercado de compra compartilhada de embarcações, as chamadas cotas náuticas, ao turismo náutico e a uma mudança de paradigma: “o que antes era para poucos, agora está se democratizando”.
“É uma mudança de cultura, uma mudança de hábitos. Poucos exploravam a Baía de Todos-os-Santos, no passado, apenas aqueles que tinham uma lancha ou uma ilha particular. Hoje, isso se democratizou. Com uma quota naútica, por exemplo, ou com a elevada oferta de passeios, esportes e eventos náuticos, é possível conhecer e experimentar essa região de riqueza natural, histórica e gastronômica peculiar”, pondera Lichotto, CEO da Nova Náutica, empresa pioneira em cotas para Jet Ski na Bahia.
O empresário explica que esse mercado de cotas, em ascensão, vai além do conceito de multipropriedade. “Com menos investimento e mais estrutura, navegar se tornou realidade para quem antes só imaginava. A cota não é sobre dividir uma lancha ou um Jet Ski, não é apenas o bem material, é sobre multiplicar experiências”, contextualiza.
“A Baía de Todos-os-Santos possui 56 ilhas, águas calmas, mais de 100 restaurantes, aproximadamente 800 lanchas e 3,5 mil jets em atividade. Há muito potencial a ser explorado e toda essa recente popularização das atividades náuticas, seja com eventos regionais e internacionais, passeios ou o acesso às cotas de lanchas e jets, tem aquecido também o turismo, a gastronomia, gerando emprego e renda”, afirma Rodrigo Lichotto.
Além da atuação da iniciativa privada, e entrega de marinas e postos de combustível em atividade, Lichotto explica que ações do poder público também têm propiciado essa consolidação como polo náutico: “Temos eventos como Salvador Boat Show, Congresso Náutico da Bahia, Copa Z6, mas também a criação da Secretaria Especial do Mar, pela Prefeitura de Salvador, para estruturar políticas de economia azul. E ainda a destinação de quase R$ 400 milhões, pelo Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), do Governo do Estado, para modernizar marinas, qualificar mão de obra e fomentar o setor”.
Segurança no mar
Líder no mercado baiano e com uma cartela ativa de mais de 600 clientes e a gestão de 92 embarcações, a empresa de Rodrigo aposta no potencial de conectividade econômica da Baía-de-Todos os Santos e defende que o segmento de cotas náuticas tem contribuído para ampliar esse acesso, diversificar o público e movimentar toda a cadeia produtiva do segmento.
O empresário ressalta ainda a atenção à segurança da atividade marítima, sobretudo neste período das festas de final de ano e chegada do verão. “Viabilizamos o acesso, acompanhando todo o processo de habilitação náutica e treinamento dos novos pilotos, para jet ski e lancha. Temos mais de 10 anos de experiência no setor, instrutores especializados, credenciados e já formamos mais de 400 alunos em Salvador”, diz.
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