O dólar fechou com alta de 1,16% ante o real nesta segunda-feira (30), cotado a R$ 3,5026, e acumulou avanço de 6,03% somente em abril. É o maior patamar de fechamento desde 3 de junho de 2016 (R$ 3,5244).
Em abril, o dólar registrou a maior alta mensal desde novembro de 2016 (avanço de 6,18%), mês marcado pela eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.
Ao longo da sessão, os investidores acompanharam com atenção os dados da economia dos Estados Unidos e novos indícios para identificar como o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) deve se comportar na condução da política monetária. A preocupação é que o Fed possa subir os juros mais do que o esperado.
O aumento dos juros nos Estados Unidos tem potencial para atrair recursos aplicados em outras economias, sobretudo dos países emergentes.
“A força do dólar indica cautela dos investidores aos dados da economia norte-americana na semana”, explicou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora local, segundo a Reuters.
Na manhã desta segunda-feira, os dados de inflação dos EUA medidos pelo PCE vieram em linha com o esperado e não deverão alterar o ritmo gradual de aumento da taxa de juros no país. Mas na quarta-feira as atenções se voltam para a reunião do banco central dos EUA e, na sexta, para o relatório de emprego do país.
A incerteza com o quadro político do Brasil também permaneceu no radar dos investidores. A sessão ainda foi marcada formação da taxa Ptax de final de mês, o que tende a ampliar o vaivém da moeda.