No dia 1º de maio de 1994, há exatos 24 anos, o Brasil perdia um de seus maiores ídolos, o tricampeão mundial de Fórmula I Ayrton Senna. Hoje, para lembrar a vida e a trajetória do piloto, será lançado o longa-metragem Ayrton Sena, o musical, projeto que leva à telona o espetáculo homônimo, uma superprodução que está em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo.
O filme, que será lançado em mais de 70 cidades do país, será exibido neste terça-feira, 1º, às 18h, no Cinemark Salvador e, nesta quarta, 2, e quinta, 3, às 21h, no Cinépolis Salvador Norte e Cinépolis Bela Vista.
Ao todo foram utilizadas nove câmeras, gruas e drones para filmar o musical dirigido por Renato Rocha, que reúne 26 atores. A estética das linguagens da música, dança do teatro e do circo presentes no espetáculos musical foi capturada pelas câmeras de cinema para contar uma história que reproduz um imaginário de alta adrenalina.
“O filme se desenvolve com o que pode ter passado pela cabeça de Ayrton naquelas últimas cinco voltas, na última corrida dele, em Ímola, na Itália”, afirma o diretor do musical no teatro, Renato Rocha, encenador que desenvolveu carreira internacional por quase 10 anos e é reconhecido por unir circo e teatro.
Ele entrega que a superprodução mostra cenas icônicas, como a vitória de Ayrton em Interlagos, em 1991, e a batida em Mônaco, em 1988. ” É como se a vida dele passasse em segundos. É um espetáculo lúdico, que, através do circo, leva para o público o binômio velocidade e risco”, complementa Renato, que diz que sons e luzes reproduzem o ambiente de Fórmula 1.
“Trouxe para o público a sensação de olhar a trama como se estivesse no cockpit, na cabine”, frisa. Números aéreos e acrobacias representam no palco a velocidade que tanto fazia parte da vida de Senna. Profissionais do porte de Vincent Schonbrodt e Rodolfo Rangel assinam, respectivamente, a direção técnica de efeitos de voo e rigging designer e a assessoria de acrobacia e coach do musical.
O cenário de Gringo Cardia traz, entre outros, um pneu com 6 m de altura e 3,5 m de comprimento, grande elemento acrobático em movimento nas cenas.
O filme foi materializado graças ao trabalho da Aventura Entretenimento e da Orange Group, com apoio da família Senna. Fernando Campos, sócio da Aventura Entretenimento, produtora e idealizadora do musical, afirma que a Aventura, na contramão de produzir sucessos da Broadway, resolveu apostar nos espetáculos brasileiros. A empresa, responsável por grandes sucessos como Elis, A Musical, Chacrinha, O Musical e Rock in Rio – O Musical, entre outros, decidiu unir-se à Orange Group, uma startup voltada para o mercado de cinema, para levar o espetáculo para fora do eixo RJ-SP através do cinema.
“É um espetáculo muito rebuscado, tem muitos voos, acrobacias, efeitos especiais. O público vai se emocionar”, diz, acrescentando que a ideia é “democratizar e incentivar o acesso à cultura no Brasil”.
Trama – A trama traz dois Ayrtons: o ator Hugo Bonemer como o atleta focado, perfeccionista, competitivo, e o ator Adam Lee, como Beco, apelido de Ayrton entre os mais próximos.
“Vejo as pessoas procurando em mim cada gesto, cada olhar de Ayrton. Isto me emociona muito. Tinha seis anos quando Ayrton morreu”, afirma Bonemer, que concorreu ao musical com mais de quatro mil inscritos.
Para se preparar para o papel, Bonemer leu e viu tudo sobre Ayrton, conversou com a família do piloto e chegou a correr de kart. Já Adam Lee, que faz o Beco, nasceu quatro meses após a morte de Ayrton. “Eu tenho muita honra de representá-lo. É muito gratificante”, diz. Agora é conferir.
Serviço:
Lançamento do filme Ayrton Senna – O musical
Terça-feira (1º), às 18 h, Cinemark Salvador / (71 3023-3916 / Av. Tancredo Neves, 3.133, Caminho das Árvores
Terça e Quarta, às 21h, no Cinépolis Salvador Norte (71 3414-9282 / Rodovia BA-526, 305, São Cristóvão) e Cinépolis Horto Bela Vista (71 3431-9057 / Alameda Euvaldo Luz, 92 – Horto Bela Vista) / R$ 40 e R$ 20.