Os Estados Unidos inauguram nesta segunda-feira (14) sua embaixada em Jerusalém. A decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de transferir a representação diplomática de Tel Aviv para essa cidade foi muito polêmica, criticada pela União Europeia e por países árabes porque rompe com o consenso internacional de não reconhecer a cidade como capital da Palestina ou de Israel até que um acordo de paz seja firmado esntre as duas partes.
Em uma primeira fase, a embaixada ficará dentro da seção de vistos do consulado-geral dos EUA em Jerusalém. O imóvel sofreu adaptações para receber o embaixador David Friedman e sua equipe.
Placas foram instaladas indicando o local da embaixada e um novo acesso também foi construído. No entanto, por questão de espaço, boa parte dos diplomatas será mantida em Tel Aviv.
A nova embaixada está no bairro de Arnona, em Jerusalém Ocidental, num prédio construído em 2010. Parte do terreno era considerada, até a Guerra dos Seis Dias (1967), terra de ninguém.
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se cumprimentam após discurso de Trump no Museu de Israel em Jerusalém, em maio do ano passado (Foto: Ronen Zvulun/Reuters)
O Consulado-Geral dos EUA mantém outro prédio em Jerusalém, na parte oriental da cidade, que seguirá atuando para os palestinos. A embaixada será a representação americana perante Israel.
Em até um ano, um novo anexo será construído para ampliar o espaço da embaixada. O objetivo é construir uma sede própria para a representação diplomática em até dez anos.
Após o anúncio americano, Guatemala e Paraguai decidiram também transferir suas embaixadas para Jerusalém.
Israel considera Jerusalém sua capital eterna e indivisível. Mas os palestinos reivindicam parte da cidade (Jerusalém Oriental) como capital de seu futuro Estado.
Apesar de apelos por parte de líderes árabes e europeus, e de advertências que a decisão poderia desencadear uma onda de protestos e violência, Trump resolver adotar uma nova abordagem sobre o tema, considerando que mesmo com a postura anterior dos EUA, a paz na região até hoje não foi atingida.
Atualmente, a maioria dos países mantém suas embaixadas em Tel Aviv, justamente pela falta de consenso na comunidade internacional sobre o status de Jerusalém. A posição da maior parte da comunidade internacional, e dos Estados Unidos até o anúncio de Trump, é a de que o status de Jerusalém deve ser decidido em negociações de paz.
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— Department of State (@StateDept) 14 de maio de 2018
— USEmbassyJerusalem (@usembassyjlm) 14 de maio de 2018