Em conversa telefônica com o Blog do Camarotti, o presidente Michel Temer (MDB) rebateu a informação de que está procurando o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (SP) e outro políticos tucanos para tratar de eleições.
“Eu que estou sendo procurado com insistência pelos tucanos. É o Alckmin que está pedindo encontro comigo. Quando vou a São Paulo, é um enxame de peessedebistas (tucanos) a me procurar”, disse Temer.
O presidente demonstrou contrariedade com o fato de tucanos negarem que Alckmin esteja atrás dele para tratar de eleições.
“Estou indignado. Essa gente está atrás de mim com ânsia. E fica parecendo que sou que estou atrás de Geraldo Alckmin de forma insistente, abanando o rabo”, protestou Temer.
Ao blog, Temer relatou que foi procurado pelo ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), pelo governador do estado Márcio França (PSB) e pelos deputados Samuel Moreira (PSDB-SP) e Arnaldo Jardim (PPS-SP). Em seguida, segundo ele, recebeu contato do ex-governador.
“Na sequência, o Alckmin me ligou. Como não pude atender, no dia seguinte liguei para ele”, disse Temer. O presidente relatou ainda que Alckmin não se encontraria com ele em São Paulo porque o ex-governador estava viajando para o Piauí e Maranhão.
Questionado se Alckmin voltou a procurá-lo, Temer respondeu: “Não me procurou”.
Informado pelo blog que o deputado Samuel Moreira foi chamado ao Planalto pelo assessor do Palácio Marcelo Barbieri, Temer demonstrou, mais uma vez, contrariedade.
“Essa gente é que está atrás de mim”, enfatizou. “Todo mundo me procura. Estou sendo procurado pelas pessoas. E depois eles vão à imprensa para dizer que eu é que estou procurando os tucanos”, completou o presidente.
Temer ainda relatou que foi procurado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e que tiveram um encontro no dia 1º de maio.
Segundo o presidente, ele alertou FHC que, se os partidos de centro tiverem de 8 a 9 candidatos nas eleições, já se sabe quem vai ganhar. “Certamente, nenhum de centro”.
FHC, segundo o relato do presidente, concordou com esse raciocínio.
O próprio Temer avalia que, a esta altura do campeonato, vai ser difícil unir o centro em torno de uma candidatura, já que há muitas resistências.