O jornalista russo Arkady Babchenko, que tinha sido dado como morto ontem (29), apareceu nesta quarta-feira (30) em uma conferência de imprensa com o chefe dos serviços de segurança da Ucrânia, em Kiev.
Babchenko, que é crítico do presidente da Rússia, Vladimir Putin, teria sido assassinado a tiros em seu apartamento. No entanto, a sua morte foi uma “encenação’.
“Um plano para assassinar Babchenko foi descoberto e a decisão foi tomada para organizar uma operação especial durante a qual fomos capazes de coletar provas irrefutáveis da atividade terrorista de serviços especiais russos em território ucraniano”, relatou os serviços de segurança ucraniano (SBU).
“Peço desculpas a todos e, para a minha esposa, pelo inferno que ela teve de apoiar, mas não havia outra alternativa: agradeço aos serviços ucranianos por salvarem minha vida. A operação especial foi preparada por dois meses, fui informado há um mês, eles trabalharam como loucos. O resultado deste trabalho se transformou em uma operação que levou à captura de um homem”, disse Babchenko.
Grande crítico de Putin, o jornalista denunciava a desestabilização da Ucrânia pelo Kremlin e escreveu diversas matérias sobre o conflito. Babchenko se mudou de Praga, na República Tcheca, e para Kiev, após ter alegado que recebia “ameaças”.