Dois meses bastaram para que a vida do cozinheiro Giovanni Santos Monteiro, 25 anos, desse uma volta completa. No início de março, ainda morador do bairro de Pituaçu, ele se viu desabrigado durante a tragédia que matou quatro pessoas após o desabamento de um imóvel residencial na região. Cerca de 60 dias depois do ocorrido, uma ação imediata da Prefeitura foi realizada para garantir o rápido remanejamento dos desabrigados do incidente.
Assim, Giovanni e integrantes de outras dez famílias foram devidamente instalados no Residencial Margaridas, empreendimento vinculado ao programa Minha Casa, Minha Vida, localizado na Rua Amor Perfeito, em Jardim das Margaridas. “Foram momentos complicados durante o acidente e nas semanas seguintes. Não esperava ter essa resposta tão rapidamente, mas todos os atingidos foram atendidos de forma imediata e agora temos uma segurança maior em relação à moradia. Tenho certeza de que não corremos mais risco. Agora, busco um emprego mais perto de casa e vou tocar a vida”, afirma Giovanni, que atualmente se mantém com a venda de marmitas e lanches.
As unidades reservadas aos atingidos pela tragédia seguem o padrão do Minha Casa, Minha Vida, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Todos os beneficiados foram devidamente cadastrados pela Defesa Civil de Salvador (Codesal), que constatou a urgência no remanejamento das famílias da área de risco. A medida segue a determinação da Portaria 163/2016, do Ministério das Cidades, que permite a admissão imediata no programa habitacional de pessoas oriundas de áreas de risco ou que estejam desabrigadas.
“A tragédia exigia uma solução imediata e foi dada pela gestão uma atenção especial ao caso. Além disso, o Residencial Margaridas possuía unidades ainda não preenchidas, o que veio a coincidir com a necessidade dessas pessoas e o pronto remanejamento”, destaca a diretora de Habitação da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), Larissa Moraes.
Foto: Jefferson Peixoto/Secom-PMS