24 de novembro de 2024
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Pelé nega ter presenciado compra de votos na eleição da Rio 2016

Pelé nega ter presenciado compra de votos na eleição da Rio 2016

O ex-jogador de futebol Pelé prestou depoimento nesta terça-feira (5) como testemunha de defesa de Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), e negou ter presenciado qualquer negociação de compra de votos para eleger o Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

“Se houve alguma conversa nesse sentido, foi em particular. Eu não estive em nenhuma”, disse o Rei do Futebol, durante audiência em que participou por videoconferência, atendendo convocação da 7ª Vara Federal Criminal, localizada no Rio.

O Ministério Público Federal acusa Nuzman; o ex-governador fluminense Sérgio Cabral; o senegalês Lamine Diack, ex-membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), e seu filho, Papa Massata Diack, ex-dirigente da federação internacional de atletismo (IAAF) de terem participado de um esquema que teria pago suborno de US$ 2 milhões (R$ 7,5 milhões), com objetivo de garantir, pelo menos, o voto de um dos delegados da África a favor do Rio.

Pelé lembrou que foi convidado para integrar a delegação do Rio de Janeiro na escolha da sede dos Jogos, feita em Copenhague, na Dinamarca, por Nuzman e Cabral, mas negou ter relação pessoal com os dois acusados.

“Nunca tive um contato mais íntimo com eles, nem com seus familiares”, garantiu o ex-jogador.

Pelé ainda contou ter conhecido Lamine Diack, que teria recebido suborno para votar no Rio, mas negou que tenha tido qualquer conversa que fosse além do protocolo.

“Lembro que ele era do Senegal e que era apaixonado pelo Brasil, pelo nosso futebol e por Pelé”, disse Edson Arantes do Nascimento, que foi tietado pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Criminal.

Mais cedo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi interrogado, convocado pela defesa de Cabral, e negou qualquer irregularidade na vitória do Rio de Janeiro, como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

“Nunca soube de nenhuma negociata, em nenhum momento. Inclusive assinei um decreto em 2009 que coagia transparência de todos os dados. Lamento muito que tenha surgido essa denúncia 8 anos depois”, garantiu o ex-presidente.




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