23 de novembro de 2024
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Mantega apresenta conta na Suíça com cerca de US$ 1,3 milhão

Mantega apresenta conta na Suíça com cerca de US$ 1,3 milhão

A defesa do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega apresentou à Justiça Federal do Paraná esclarecimentos sobre uma conta do cliente na Suíça e do recebimento de quase US$ 1,3 milhão, depositado em duas vezes por Victor Sandri. Segundo Mantega, o dinheiro é lícito.

A informação foi divulgada nesta sexta-feira (8) pela jornalista Mônica Bergamo, da “Folha de São Paulo”. Sandri foi apontado como intermediador de propina para o ex-ministro na delação de Joesley Batista, dono do grupo J&F.

Os documentos foram anexados na quarta-feira (6) ao processo eletrônico, no âmbito da Operação Lava Jato, que está sob a responsabilidade do juiz Sérgio Moro, que havia pedido à defesa de Mantega para explicar a origem desse dinheiro. O ex-ministro não é réu na Lava Jato.

A origem dos ativos mantidos na conta, de acordo com a petição apresentada pelos advogados do ex-ministro, é um negócio imobiliário realizado com a construtora de Sandri.

O negócio foi a permuta de um imóvel que Mantega herdou do pai, Giuseppe Mantega, por unidades de um edifício construído no local.

O empreendimento imobiliário fica no Jardim Paulista, em São Paulo (SP), e foi concluído no fim de 2005.

“Além da entrega das unidades, foi acordado o pagamento de uma quantia em dinheiro, a qual não foi prevista contratualmente justamente porque seria promovida por meio de operação financeira entre contas bancárias à época não declaradas às autoridades brasileiras”, diz um trecho da petição.

Mantega recebeu o depósito de metade do valor acordado com Sandri – de US$ 650 mil – quando a construção foi terminada, conforme informado pela defesa.

Ainda segundo os advogados do ex-ministro, a outra metade, de US$ 645 mil, foi depositada depois da outorga da escritura definitiva das unidades.

Comprovantes de depósito, extrato bancário, certidão de dados cadastrais do imóvel e escrituras da permuta estão entre os documentos entregues pela defesa de Mantega à Justiça.

Em depoimento à Polícia Federal (PF) de Brasília, em abril deste ano, Sandri já tinha relatado esses fatos que, agora, foram apresentados pelo ex-ministro.




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