O velório do ex-governador Waldir Pires (PT) foi realizado neste sábado (23), no Mosteiro de São Bento, em Salvador. Ao longo do dia, familiares, amigos, admiradores e políticos estiveram no local, que ficou aberto ao público. No final da tarde, foi realizada a missa de corpo presente, acompanhada pelo governador Rui Costa (PT). A cerimônia foi presidida pelo abade do mosteiro, Dom Emanuel d’Able do Amaral.
O corpo de Waldir Pires será cremado no Cemitério Jardim da Saudade. A cerimônia de cremação está marcada para as 11h deste domingo (24). Ele faleceu aos 91 anos, na manhã da última sexta-feira (22), no Hospital da Bahia, após uma parada cardiorrespiratória. O governador Rui Costa decretou lutou oficial de cinco dias pela morte do ex-governador.
“É a história de um homem exemplar na política, na afirmação dos seus ideais, sempre a favor da maioria da população, um defensor do nosso estado, do nosso povo. Com certeza um exemplo a ser seguido, tanto no âmbito da vida política quanto da vida familiar. Deixa um legado de referência para as novas gerações”, afirmou Rui Costa.
Waldir Pires nasceu em Acajutiba, era formado em Direito e governou a Bahia entre os anos de 1987 e 1989, quando renunciou para concorrer à vice-presidência da República na chapa encabeçada por Ulysses Guimarães.
Ele também foi deputado federal por três vezes (1959/1962), (1990/1993), (1999/2002) e deputado estadual entre 1955 e 1958. Waldir Pires também foi consultor-geral da União, em 1963, na gestão do presidente João Goulart.
Na gestão do ex-presidente Lula, em 2003, foi nomeado ministro do Controle e da Transparência, o primeiro da Controladoria-Geral da União (CGU). Também ocupou outros cargos na vida pública. Entre eles os de ministro da Previdência Social (1985/1986) e da Defesa (2006/2007).
O último cargo ocupado por Waldir Pires foi o de vereador da capital baiana, do qual se afastou em junho de 2016, após um acidente vascular cerebral. Ele era filiado ao Partido dos Trabalhadores.
Waldir Pires deixa quatro filhos, nove netos e oito bisnetos. A filha Vivian Pires lembrou que o pai dedicava à família a mesma atenção que destinava à vida pública. “Foi um homem gentil, generoso, doce e correto. Meu pai só pensava no ser humano. A dor no nosso peito é enorme, mas a gratidão também, por ter tido ele como pai. Ele nos amou assim como amava a Bahia e os baianos. Ele fez o papel dele muito bem feito”, afirmou.