O presidente do PPS na Bahia, vereador por Salvador Joceval Rodrigues, disse nesta quinta-feira (28) que o seu partido está dividido entre os presidenciáveis Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede). Segundo ele, o núcleo da sigla em São Paulo quer o tucano, já a outra parte defende a ex-ministra.
Em entrevista à Rádio Câmara Salvador, o vereador licenciado afirmou que “não tem paixão por nenhum nome” e defende o candidato que apresente a melhor alternativa para superar a crise do país. Joceval Rodrigues disse que não descartaria a possibilidade de o PPS apoiar o pré-candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Ressaltou que “é difícil, mas não é impossível”. Segundo ele, na próxima terça-feira (3), haverá uma reunião da Executiva nacional da sigla para definir como vai se posicionar na eleição presidencial.
Especula-se que o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, pode ser o vice na chapa de Marina Silva. Ele, no entanto, já se manifestou mais propenso a apoiar o tucano paulista. Pré-candidato a deputado federal, Joceval defendeu mudanças no sistema político, que, na avaliação dele, hoje é “degradante”. “Não podemos mais ter uma eleição em que o poderio econômico é tão forte”, frisou. Ele se mostrou contra o presidente da República escolher os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Também disse que é contrário ao foro privilegiado, que garante a políticos serem julgados em tribunais superiores. “Tem gente, em todos os estados do país, que está sendo candidato a deputado federal para ter foro. Todo mundo sabe disto”, avaliou.
Fé – Joceval demonstrou otimismo e afirmou que vai haver uma renovação na política a partir da eleição de outubro. “Eu acredito na renovação. Eu acredito na renovação na política. Eu tenho fé. Eu acredito na renovação do sistema político, da forma. A população anseia por uma nova forma de fazer política”, apostou.
O presidente do PPS baiano fez a maior profissão de fé na possibilidade de o pré-candidato do DEM ao governo, José Ronaldo, crescer no conceito do eleitorado e se tornar um candidato bem mais competitivo na campanha, vencendo, inclusive a eleição. “Não subestimem Zé Ronaldo”, afirmou mais de uma vez na entrevista.
