No mês em que comemora os 30 anos de sua fundação, o Balé Folclórico da Bahia será duplamente homenageado. A Assembleia Legislativa promove uma sessão especial, proposta pelo deputado Bira Coroa, presidente da Comissão Especial de Promoção da Igualdade, no próximo dia 9 de agosto, às 14h30, no Salão Nobre da casa, no Centro Administrativo da Bahia. O Balé Folclórico da Bahia também receberá da Assembleia o título de Utilidade Pública Estadual.
Já no dia 28 de agosto, às 19 horas, a homenagem será na Câmara Municipal de Salvador por iniciativa do vereador, jurista e professor Edvaldo Brito. O diretor geral do Balé, Vavá Botelho, a presidente da Fundação Balé Folclórico da Bahia, Lúcia Mascarenhas, e a conselheira Lia Robatto, estarão presentes nas duas sessões para representar o grupo de dança que tem promovido o nome da Bahia em todo o mundo. As solenidades também devem contar com autoridades representantes do Governo do Estado, da Secretaria de Cultura e da Prefeitura.
“As duas homenagens são um reconhecimento ao trabalho que fazemos ao longo de três décadas. Seguramente, somos um dos principais embaixadores da cultura popular brasileira e afro-baiana para o mundo”, destaca Vavá Botelho, que planeja para o fim do ano uma ampla programação comemorativa pelos 30 anos do Balé, com oficinas de dança-afro e percussão, estreia de um espetáculo inédito com novas coreografias, exposição da trajetória do Balé e um documentário dirigido e produzido pela atriz Gloria Pires.
Reconhecida pela Associação Mundial de Críticos como a melhor companhia de dança folclórica do mundo, o Balé Folclórico da Bahia já formou mais de 700 bailarinos. A maioria deles de origem muito simples, que aprenderam os primeiros passos de dança no Balé e hoje brilham em grandes companhias internacionais do mundo. “Além do trabalho artístico, temos uma função social”, afirma Vavá Botelho.
O premiado Balé, que completa 30 anos no dia 7 de agosto, já se apresentou em mais de duzentas cidades e 24 países, incluindo Estados Unidos, Itália, Inglaterra, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Nova Zelândia, Austrália, Alemanha, França, Holanda, Suíça, México, Chile, Colômbia, Finlândia, Suécia e África do Sul, dentre outros.
Com sede no Pelourinho, em Salvador, atualmente, o BFB funciona em regime integral de seis horas de trabalho por dia. Os 40 integrantes da companhia – dançarinos, músicos e cantores – recebem preparação técnica para dança, música, capoeira, canto e teatro.
Para preservar e divulgar as principais manifestações folclóricas da Bahia, o Balé desenvolveu uma linguagem cênica que parte dos aspectos populares e atinge questões contemporâneas. O Balé também possui um segundo corpo de baile, que realiza espetáculos, diariamente, no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho, tendo como público, principalmente, turistas estrangeiros e de outros estados do Brasil.
“Manter uma equipe que se dedica à dança em regime integral, com intenso preparo técnico, físico e muita pesquisa, é uma luta diária. Poucas companhias de dança privadas sem patrocinador regular conseguem existir por tanto tempo, mantendo um nível de excelência técnica tão elevado e respeito do público e da crítica”, afirma Vavá.
Foto: Andrew Eccles/Divulgação