O Partido Social Cristão (PSC) confirmou nesta sexta-feira (20), durante convenção da legenda em Brasília, a candidatura do economista Paulo Rabello de Castro à Presidência da República. Ele foi escolhido por aclamação pela legenda.
Rabello foi presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante o governo do presidente Michel Temer. Ele é formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tem 69 anos.
Em discurso na convenção, Rabello disse que, se eleito, vai investir na geração de empregos e na capacitação dos jovens para o mercado de trabalho.
“Precisamos fazer alguma coisa, que a gente não fique caindo em campo. Não haverá mais tropeço. Vamos exigir de cada um o melhor de si. Vamos fazer 500 centros de educação para dar emprego, carteira assinada para esse jovens capturados pelo tráfico. Nosso jovem tem que ser amparado, amado, socorrido e ao mesmo tempo exigido, cobrado”, afirmou.
Rabello também disse que, em sua gestão, vai dialogar com os governadores dos estados como se fossem “presidentes de país”. Ele afirmou que o Brasil é continental e deverá funcionar, de fato, como uma federação.
“O Brasil vai virar pela primeira vez uma federação. E quando dizem que eu vou chamar os governadores, eu chamarei (…) Presidente dos estados, o Brasil não é um país, o Brasil é um continente de país. Vou cobrar dos governadores atitude presidencial. Aqui não tem mais mordomia em Brasília, papai nos salve”, argumentou.
Rabello afirmou que tem um programa de governo com 20 metas, inspirado no lema do ex-presidente Juscelino Kubitschek de avançar “50 anos em 5”.
Um dos pontos do programa, segundo o candidato, é distribuição de renda. De acordo com o candidato, o dinheiro arrecadado pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) seria distribuído a todos os brasileiros. Ele estima que o valor seria de R$ 10 mil por pessoa. O dinheiro iria para a conta corrente ou poupança do cidadão e funcionaria como um fundo de investimento a longo prazo, segundo o candidato.
Ele afirmou ainda que vai criar novas regras para a Previdência Social. O candidato defendeu “enxugamento” da máquina pública e disse que o déficit primário do governo acabará em 2019.
Rabello também disse que, se for presidente, abrirá mão do salário enquanto houver déficit primário. “O presidente cortará seu salário integralmente enquanto houver déficit primário, já pagam tudo do presidente, não precisa pagar salário”, concluiu.
O candidato do PSC disse que ainda não foi definido o vice para formar a chapa. Ele afirmou que gostaria que fosse uma mulher.
“Temos o perfil do vice, queria que fosse uma mulher. As mulheres, perto da gente, não deixam a gente fazer bobagem. Queremos um vice, que, na nossa falta, vai continuar trabalhando. Não é vice de acomodação. Um perfil de compromisso”, completou Rabello de Castro.
O presidente do PSC, Pastor Everaldo, disse que, caso nenhum partido compartilhe as ideias do PSC, a legenda poderá forma uma chapa “puro sangue”, indicando tanto o candidato à presidente quanto o vice.
